Obscurecido pela ruidosa posse do presidente Donald Trump, o Congresso Internacional de Direitos Humanos da Amazônia se realizou em janeiro no Pará com repercussão contida e limitada, enquanto as iniciativas barulhentas de Trump, francamente opostas aos direitos humanos, inundavam o noticiário.
A organização do evento se queixou da ausência de autoridades que poderiam ter comparecido, mas promoções feitas em início de ano sempre são boicotadas pelas férias em geral. Aliás, o Brasil só começa a funcionar depois do Carnaval. Com isso, o Congresso ficou sem a repercussão necessária, mas certamente valerá mais e por mais tempo devido à carta emitida ao final da promoção.
Nela, encimada pelo tema do Congresso - "Direitos Humanos, Justiça Climática e Autodeterminação dos Povos da Floresta", a declaração de que a violação de direitos vem sendo promovida pelo próprio governo, incluindo a invasão por grandes projetos e a ausência de consultas prévias às comunidades afetadas, explica algumas das ausências sentidas de figurões da República.
O ponto dessa história é que no papel os direitos humanos são como o famoso ditado popular brasileiro: "por fora, bela viola; por dentro, pão bolorento". No papel, tudo parece maravilhoso, mas na realidade faltam ainda definições precisas sobre como fazer estradas ou explorar recursos minerais atendendo aos direitos humanos e não simplesmente os ignorando.
Blocos em formação
A corrida ao CPA Rio Madeira e as duas cadeiras ao Senado nas eleições do ano que vem começa a movimentar as forças políticas da terrinha. É certo que a coisa está bem incipiente, mas existem negociações andando para algumas composições. A maior dúvida é com relação a composição governista. Composição 1: Candidato ao governo estadual o atual vice-governador Sergio Gonçalves assumindo a titularidade em meados do ano que vem e indo para a reeleição. Ele garante que não abdica da disputa e estará com a caneta na mão. 2 -Também pelo União Brasil, o deputado federal Fernando Máximo disputando o governo do estado, tendo o atual governador Marcos Rocha disputando uma cadeira ao Senado.
Na oposição
Na oposição, alguns nomes já estão de asas crescidas ao governo estadual. Oposição 1: senador Marcos Rogério (PL) já procurando composições com candidatos ao Senado. Não deve se alinhar a deputada federal Silvia Cristina (PP), aquela que "rasteirou" e tomou o partido de Ivo Cassol. Gostaria de contar com Hildon Chaves como seu candidato ao Senado. Oposição 2 - Senador Confúcio Moura (MDB) já percorrendo trecho para fortalecer sua candidatura ao CPA. Ele sempre deixa a decisão para última hora, mas já está prospectando possíveis candidatos ao Senado. Oposição 3 -Ex-prefeito Hildon Chaves (PSDB) que estuda composições tanto a disputa do governo do estado como uma cadeira ao Senado.
Eleições no PT
Com o presidente Lula em baixa, o PT prepara as eleições dos seus diretórios estaduais para 6 de julho e oxigenar o partido para as eleições de 2026, recuperando o espaço perdido nos últimos anos. A legenda aposta em nomes novos -e nem poderia ser diferente já que os dirigentes nacionais estão mais sujos do que poleiro - e com esta estratégia melhorar seu desempenho nas urnas. Em Rondônia, a recuperação do PT é realmente um grande desafio. Os conservadores - bolsonaristas ou não -tomaram conta do pedaço e fizeram farofa dos petistas nas eleições municipais. O partido não tem candidato ao governo definido, muito menos ao Senado com chances.
Controle garantido
Os manos Gonçalves estão garantidos no comando do União Brasil em Rondônia com apoio do diretório nacional. Junior Gonçalves seguro na presidência da legenda até 2027, liderando as articulações para a formação da chapa do partido ao governo do estado, as duas cadeiras ao senado, nominatas de postulantes a Câmara dos Deputados e Assembleia Leis altiva. Com isto, o vice-governador Sergio Gonçalves ficou com a faca e o queijo na mão para disputar o governo estadual no pleito do ano que vem. Sergio vai assumir a titularidade no ano que vem para Rocha disputar o Senado e se quiser ser candidato ninguém conseguirá barra-lo.
Máximo na pior
Esta situação no União Brasil mostra ao outro candidato ao governo do partido, o deputado federal Fernando Máximo em situação de risco para conseguir o aval da legenda para se candidatar ao CPA. Para disputar o palácio Rio Madeira ele precisa do controle do partido e ele não tem esta condição que está nas mãos do concorrente. Vejo uma situação dúbia no comportamento do governador Marcos Rocha, dividido entre apoiar Sergio Gonçalves ou se entender com Fernando Máximo na peleja do CPA. Ele vivenciou uma situação parecida com Mariana Carvalho, apoiando nos bastidores o atual prefeito Leo Moraes nas eleições do ano passado a prefeitura de Porto Velho. Vamos ver quem o governador Marcos Rocha vai apunhalar desta vez...
Via Direta
*** O governo Lula se divide na polemica questão em explorar petróleo na foz do Rio Amazonas, mas desta vez a coisa anda e o Ibama não vai conseguir barrar as obras. É um acordo patrocinado pelo "centrão" d David Alcolumbre *** Em Rondônia a chiadeira é com relação a carestia. Os preços do café, da carne bovina e do azeite estão de lascar nos supermercados *** Com tempestades terríveis, as casas de materiais de construção estão vendendo telhas adoidado em Porto Velho. E os chamados "telhadeiros" faturando alto no combate as goteiras *** Parabéns: Candeias festejou na semana 33 anos de emancipação política administra
Carlos Sperança