Nem mixaria
Quem teme que os EUA sob nova direção decidam fazer com a Amazônia o que fizeram com o Golfo do México, rebatizado por decreto para "Golfo da América", atitude arrogante sem valor nem efeito prático, pode ficar tranquilo. Pesadelo dos nacionalistas, a tomada militar de nossa floresta seria inviável e custosa.
Há pouco, o governo dos EUA mandou um emissário negociar o petróleo de ótima qualidade da Venezuela. Está claro que o governo estadunidense quer evitar guerras. Acredita que ameaças e tarifaços bastam para pôr o mundo de joelhos.
Tudo o que é explorável na Amazônia já está ao alcance dos EUA. Ocupá-la com tropas seria caríssimo e inútil. O desinteresse dos EUA pela Amazônia é tão patente que o ex-presidente Joe Biden falava muito, mas só mandava recursos minguados. Trump provavelmente falará pouco sobre ela e nem mixaria pretende mandar. Aliás, os EUA, o país mais endividado do mundo, está economizando até os trocados para não ruir de vez.
O problema está no tarifaço de 25% sobre os minérios. É o mesmo percentual aplicado ao Canadá e ao México, anunciado com estardalhaço, mas já retaliado em processo de suspensão temporária diante da firme reação dos governos provocados. O Brasil prometeu responder à taxação no mesmo tom, mas logo, como fez com a Venezuela, Trump mandará algum emissário para conversas conciliatórias fora dos holofotes.
O desempenho
O governo de Rondônia tem manifestado seu orgulho pelo mais baixo nível de desemprego na região Norte e tem motivos para externar sua satisfação também com os bons indicativos da economia rondoniense impulsionada pelo agronegócio, pelas exportações de carne, soja, milho, madeira e minérios. Mas existem quesitos indiscutivelmente negativos neste estado e que a atual gestão não tem obtido êxito: a saúde padece em colapso, a segurança pública em caos e o estado continua sofrendo perdas populacionais, inclusive na capital, Porto Velho
Grande produtor
O rondoniense se pergunta diante da excelente produção de café, de carne e de ovos no estado, os aumentos brutais ocorridos nos supermercados da capital rondoniense. Os economistas explicam que os aumentos se devem as exportações, aos custos de produção, aumento do combustível, economia dolarizada etc, etc. E não se acenam boas perspectivas até a metade do ano quando poderá ocorrer reflexos positivos com uma grande safra de soja e de arroz.
Via Direta
***A Polícia Federal começa a investigar em alguns estados o destino dos recursos de emendas parlamentares, por determinação do ministro Flávio Dino *** Como se sabe, tem muita coisa enrolada entre os parlamentares, toda classe política e empreiteiras pelo Brasil afora e a concessão da BR 364 será mais uma fonte de suspeitas nestas bandas *** Por falar em confusão, duas empreiteiras disputam a construção da ponte binacional m Guajará Mirim na justiça. A disputa atrasa o início das obras *** Vilhena, Cacoal e Porto Velho são os principais produtores de ovos do estado. Também são os maiores exportadores de cocaína, ao lado de Guajará Mirim, a campeã no quesito. É coisa de louco.
Carlos Sperança