Gente encolhendo
Por trás do clima desequilibrado existem consequências horrendas que já começam a ser verificadas não mais apenas como hipóteses, mas como realidades científicas presentes. Há décadas o Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais, vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) observa o desenvolvimento das aves amazônicas e constatou que várias espécies revelam mudanças tendentes ao encolhimento.
Se não bastasse o horror que as mudanças climáticas já revelam sobre a fauna e a flora, mais sinais preocupantes começam a ser sentidos. Pesquisa publicada recentemente pela revista "Nature Communications" aponta que o tamanho dos seres humanos muda de acordo com as alterações climáticas ao longo dos tempos.
A pesquisa é ampla e merece ser avaliada com mais vagar, mas, objetivamente, ela revela que as pessoas que vivem em climas mais quentes tendem a ser menores que seus antecedentes, ao contrário das que vivem em climas mais frios, que aumentam de tamanho no decorrer das gerações.
Ainda em estudos, a noção de que o cérebro humano não diminui, mas até cresce mesmo quando o corpo encolhe, poderá apresentar no futuro globalmente aquecido nossos descendentes como seres humanos mais baixos e cabeçudos. Nada mal em comparação com as previsões apocalípticas de extinção total da humanidade num inferno de fogo e calor.
Clãs na peleja
Os clãs mais longevos da política rondoniense se preparam para as eleições do ano que vem que são para a renovação das 24 cadeiras a Assembleia Legislativa, as oito cadeiras para a Câmara dos Deputados e duas vagas ao Senado. Em Vilhena, o clã Donadon terá a deputada Rosangela a reeleição, o ex-deputado federal Natan Donadon a Câmara Federal. Em Jaru e na bacia leiteira, o clã dos Muletas lança como candidata a Assembleia Legislativa a ex-deputada Cássia dos Muletas. Em Ariquemes, o patriarca do clã Amorim, Ernandes Amorim estuda as alternativas da família, já que tem dois filhos inelegíveis.
As ressurreições
Na Zona da Mata e região do café tudo se encaminha para a ressurreição do clã Raupp, com o ex-governador, ex-prefeito e ex-senador Valdir Raupp disputando cargo eletivo pelo MDB. O partido conciliado é forte e Raupp ainda estuda uma postulação a Câmara dos Deputados ou ao Senado. Com relação ao clã Cassol, tudo depende da elegibilidade do ex-governador Ivo Cassol que trava uma luta na justiça há quase uma década. Sendo candidato a governador, teria a mana Jaqueline, ex-deputada federal, na peleja de uma cadeira a Câmara dos Deputados na sua base eleitoral.
Histórico é positivo
Na história política de Rondônia, bons prefeitos sempre se projetaram e se elegeram ao Senado e até mesmo o governo do estado. Outros com grande performance não conseguiram as façanhas. Os prefeitos José Bianco (Ji-Paraná) Valdir Raupp e Ivo Cassol (Rolim de Moura), Confúcio Moura (Ariquemes) se elegeram governadores. Ernandes Amorim (Ariquemes) ao Senado, mas Chiquilito Erse (Porto Velho) e Melki Donadon, mesmo com grandes gestões não lograram eleição ao Senado e tampouco ao governo estadual, mesmo sendo favoritos iniciais nas postulações.
Prefeitos na disputa
Tudo para dizer que dois prefeitos - os dois melhores dos seus mandatos 2020/2024, que são Hildon Chaves (Porto Velho) e Adailton Fúria (Cacoal) estudam postulações ao Palácio Rio Madeira, sede do governo estadual, ou cadeiras ao Senado. Hildão mantem elevados índices de popularidade na capital e lidera a corrida ao Senado em PVH. Fúria é uma liderança política emergente no estado e o sentimento de Cacoal e região é que ele seja eleito seu primeiro governador é latente. A região está unida neste propósito. E sempre que a região do Café, Zona da Mata e Cone Sul se unem, é um governador na caçapa.
Fale bem!
Já está em andamento a campanha "Fale Bem de Rondônia" lançada pelo governador Marcos Rocha visando melhorar a imagem de Rondônia pelo Brasil afora. Ele poderia começar a campanha escolhendo melhor seus secretários, já que teve alguns presos por malfeitos e pedir a colaboração dos políticos para não praticarem tantas bandalheiras contra o erário público. Tem coisa nos estados e municípios desde as emendas parlamentares rachadas até superfaturamento de pãozinho na merenda escolar. E como se sabe, não faltam prefeitos, vereadores e deputados enrolados com a justiça.
Via Direta
*** Pesquisas recentes apontam que 35 por cento dos brasileiros querem uma alternativa terceira via, sem Lula e Bolsonaro nas eleições presidenciais. Um percentual que pode levar um candidato da terceira via pelo menos ao segundo turno *** No Acre, onde o PT prepara o lançamento do ex-governador Jorge Viana ao Senado, o MDB já tem seu candidato a governador pronto e acabado: trata-se do ex-prefeito e Rio Branco Marcus Alexandre *** Em Rondônia MDB e PT estarão juntos caso o candidato a governador seja o senador Confúcio Moura (MDB), o ungido do presidente Lula neste estado *** Na composição de chapa, o PT teria um candidato ao Senado ou apontaria o vice da chapa.
Carlos Sperança