O segundo turno das eleições municipais em Porto Velho, marcado para este domingo, 27 de outubro, promete ser um dos mais acirrados da história da capital rondoniense. A disputa entre Mariana Carvalho (União Brasil) e Léo Moraes (Podemos) traz à tona uma preocupação adicional: o impacto significativo que as abstenções e votos nulos podem exercer sobre o resultado final. No primeiro turno, segundo dados do Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE-RO), Porto Velho registrou um índice preocupante de 27,43% de abstenções, representando mais de 85 mil eleitores que não compareceram às urnas. Além disso, foram computados 4,18% de votos brancos e 7,32% de votos nulos, totalizando aproximadamente 35 mil votos que não foram direcionados a nenhum candidato.
Estes números são ainda mais relevantes quando consideramos que a diferença entre os candidatos que avançaram para o segundo turno foi relativamente pequena. Em um cenário onde cada voto pode ser decisivo, a participação efetiva do eleitorado torna-se fundamental para legitimar a escolha do próximo gestor da capital. O TRE-RO tem realizado campanhas de conscientização para reduzir estes índices no segundo turno, ressaltando a importância do voto como instrumento de cidadania e transformação social. A abstenção, embora seja um direito do eleitor que não pode comparecer por motivos justificáveis, quando ocorre em grandes proporções, pode comprometer a representatividade do resultado.
Os votos brancos e nulos, que no primeiro turno somaram 11,5% dos votos válidos, representam um contingente significativo de eleitores que, por diferentes razões, optaram por não escolher nenhum dos candidatos. No segundo turno, este comportamento pode ter um peso ainda maior na definição do próximo prefeito ou prefeita. É importante ressaltar que, diferentemente do que muitos pensam, votos brancos e nulos não anulam a eleição, independentemente do seu número. Eles apenas reduzem a base de votos válidos, potencializando o peso dos votos direcionados aos candidatos.
A disputa acirrada entre dois ex-parlamentares com experiência na Câmara Municipal de Porto Velho e no Congresso Nacional demanda uma participação mais efetiva do eleitorado. Cada voto não computado pode fazer a diferença em uma eleição que definirá os rumos de Porto Velho pelos próximos quatro anos. O momento exige reflexão sobre a responsabilidade do voto e seu impacto no futuro da cidade. A escolha entre Mariana Carvalho e Léo Moraes vai além de suas trajetórias políticas, representando diferentes projetos e visões para o desenvolvimento da capital rondoniense.
O comparecimento às urnas neste domingo é fundamental para fortalecer o processo democrático e garantir que a decisão final reflita, de fato, a vontade da maioria dos porto-velhenses.
Diário da Amazônia