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A Polícia Federal apura o envolvimento de um funcionário da Caixa Econômica Federal no desvio de mais de R$ 11 milhões mediante transferências via Pix realizadas sem o consentimento dos clientes. O caso é um dos focos da operação Não Seja um Laranja DF e GO, deflagrada nesta terça-feira, 27.
De acordo com a investigação, o servidor teria usado sua posição no banco para acessar contas de correntistas e realizar transferências indevidas. Parte dos valores foi enviada para sites de apostas e para contas de terceiros, estratégia que, segundo a PF, tinha o objetivo de ocultar a origem dos recursos.
A Justiça autorizou a quebra de sigilo bancário, fiscal e telemático do investigado, além do sequestro de bens até o valor de R$ 11.111.863,13.
Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e Goiás. As apurações também revelaram que parte das transações foi feita com o uso de contas bancárias de terceiros, os chamados "laranjas".
Segundo a PF, há indícios de que essas pessoas cederam seus dados bancários de forma consciente, em troca de pagamento, para facilitar as fraudes. A prática tem se tornado cada vez mais comum nos esquemas de desvio de dinheiro, segundo os investigadores.
O caso teve origem em uma apuração interna da própria Caixa, que identificou movimentações suspeitas e acionou as autoridades. Os crimes investigados incluem furto qualificado mediante fraude, associação criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, uso de documento falso e peculato-furto.
A Polícia Federal alerta que emprestar ou ceder contas bancárias para o recebimento de valores ilícitos é crime e pode acarretar punições severas. Além de configurar participação em fraudes, essa prática contribui para o financiamento de organizações criminosas.
Terra