Porto Velho (RO)19 de Julho de 202501:38:03
EDIÇÃO IMPRESSA
Brasil

"Eu tenho vergonha de usar tornozeleira", diz Jair Bolsonaro

Ex-presidente Jair Bolsonaro cumpre decisão do ministro Alexandre de Moraes e é monitorado por tornozeleira eletrônica após operação da PF


Imagem de Capa

“Eu tenho vergonha de usar tornozeleira”, diz Jair Bolsonaro

Reprodução

PUBLICIDADE

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou nesta sexta-feira (18/7) sentir "vergonha" por ter que usar tornozeleira eletrônica. A medida foi determinada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, relator do inquérito que investiga suposta trama golpista.

Questionado sobre o uso do equipamento, Bolsonaro classificou a situação como "humilhante" e "degradante".

"Eu tenho vergonha de usar tornozeleira. Qual risco ofereço à sociedade? Qual o risco ofereço de fuga?", disse. O ex-presidente também afirmou não temer ser preso: "Estou com 70 anos, não estou com preocupação, com medo de nada. Agora, é uma injustiça, uma covardia me prender, nada fiz de errado.". A declaração foi dada em entrevista a Band News.

Além do monitoramento eletrônico, Moraes determinou que Bolsonaro está proibido de manter contato com o filho e deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, e de acessar as redes sociais.

Nesta mesma sexta-feira, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca em endereços ligados ao ex-presidente.

Como funciona a tornozeleira de Bolsonaro

Bolsonaro compareceu à sede da Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seape) para instalação do dispositivo. De acordo com o órgão, o dispositivo foi instalado por servidores seguindo os protocolos legais e administrativos do sistema penitenciário do Distrito Federal.

O monitoramento é feito pelo Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), que acompanha em tempo real os locais e horários autorizados para deslocamentos.

A tornozeleira pesa 156 gramas e funciona com bateria recarregável de 110 gramas, com autonomia de cerca de 24 horas.

O que acontece caso haja tentativa de remoção

O usuário pode carregá-la na tomada ou desconectar uma parte do dispositivo para recarga. À prova d’água, o equipamento não precisa ser removido para banho e possui luzes de LED e vibração para avisar sobre o status e nível de bateria.

Caso haja tentativa de remoção, o Cime é imediatamente alertado e uma sirene dispara na central. O monitorado pode responder por dano ao patrimônio público e, dependendo do caso, ser preso.

O descumprimento de regras definidas pela Justiça, como violação de rotas, rompimento ou desligamento do aparelho, é comunicado ao juiz responsável, que pode adotar novas medidas. Um telefone 0800 está disponível para suporte técnico aos monitorados.








metropoles

Últimas notícias de Brasil