Porto Velho (RO)28 de Agosto de 202508:12:42
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Brasil

Laudo confirma que cavalo que teve patas decepadas estava vivo durante agressões

Em entrevista, ele afirmou estar "embriagado e transtornado" e disse estar arrependido


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Divulgação

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A Polícia Civil de São Paulo concluiu, por meio de laudo pericial, que o cavalo encontrado morto com as patas mutiladas em Bananal sofreu os cortes ainda com vida. A perícia aponta que o tutor do animal, Andrey Guilherme Nogueira de Queiroz, de 21 anos, usou um facão para decepá-lo após uma cavalgada.

A confirmação foi divulgada em vídeo pelo delegado de Bananal, Rubens Luiz Fonseca Melo, nas redes sociais. Na gravação, a médica veterinária voluntária do caso, Luana Gesualdi, detalhou os resultados da análise.

"Infelizmente, aconteceu em vida, pois o animal apresentava hematomas compatíveis com a vida do animal. Quando o animal está sem vida, é um cadáver, você não consegue desferir golpes e causar hematomas, só quando o animal está em vida", explicou.

O tutor havia confessado o crime, mas declarou que o cavalo já estava morto no momento em que foi mutilado. Em entrevista, ele afirmou estar "embriagado e transtornado" e disse estar arrependido.

O delegado informou que o laudo foi encaminhado ao Ministério Público de São Paulo para as providências cabíveis. Ao Terra, o MP-SP afirmou que ofereceu denúncia e aguarda a decisão de um juiz.

O caso ganhou repercussão após a circulação de um vídeo gravado por Dalton de Oliveira, amigo de Andrey. Em 16 de agosto, os dois realizaram uma cavalgada de cerca de 15 km em uma região de subidas íngremes. Exausto, o cavalo de Andrey se deitou com dificuldades para respirar. Foi nesse momento que o tutor afirmou: "Se você tem coração, melhor não olhar" e, em seguida, decepou as patas do animal com um facão, desferindo ainda outros golpes.

Segundo a Lei de Crimes Ambientais, a pena para maus-tratos a animais é de até um ano de prisão. Em caso de morte, como no episódio de Bananal, a pena pode ser aumentada em até um terço, chegando a no máximo um ano e quatro meses de reclusão.



















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