Veja estratégias de "guerra" usadas pela polícia em megaoperação
JOSE LUCENA/THENEWS2/ESTADÃO CONTEÚDO
As forças de segurança do Rio de Janeiro utilizaram algumas "estretégias de guerra" na megaoperação de terça-feira (28) que terminou com 121 pessoas mortas, se tornando a mais letal da história do país.
Em entrevista coletiva, o Secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Cesar Carvalho dos Santos, disse que o objetivo dos planos usados na operação era cercar os entornos das comunidades do Alemão e da Penha. Com isso, os suspeitos seriam direcionados para uma área de mata.
No local, estavam agentes do Bope (Batalhão de Operações Policias Especiais), que esperavam a chegada dos alvos.
Entenda a estratégia do "Muro do Bope"
O plano consistiu em empurrar os criminosos para a Serra da Misericórdia, uma região de mata fechada que conecta os dois complexos. Ainda segundo o Secretário, o local era usado como esconderijo e rota de fuga dos possíveis criminosos.
No local, as equipes policiais formaram uma barreira, surpreendendo os suspeitos. A estratégia das forças de segurança ganhou o nome de "Muro do Bope".
O secretário da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Marcelo Menezes, alegou que os planos das polícias foram feitos para proteger a população que vive nas comunidades.
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Durante a fala, Menezes negou que a operação tenha sido improvisada. Ainda segundo ele, os suspeitos que não quisessem participar do confronto tinham "a opção de se render", assim como os que "acabaram presos" durante a operação.
Drones como "armas"
Outra estratégia utilizada pela polícia foi o uso de drones como "armas" de monitoramento dos suspeitos.
Um vídeo gravado do aparato tecnológico mostra suspeitos fortemente armados e reunidos momentos antes da megaoperação.
As imagens mostram a movimentação dos homens com roupas camufladas, semelhantes aos das forças de segurança, e portando fuzis dentro da comunidade.
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Em determinado ponto do vídeo, os homens, que antes formavam uma espécie de "paredão" no local, começam a se deslocar. Posteriormente, eles ainda são flagrados enquanto fogem em fila indiana.
Foram empregados 2.500 policiais, sendo 1.800 policias militares. Além disso, foram usados 25 blindados, 26 drones, 12 veículos de demolição, além de 120 viaturas.
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