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O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) determinou que 60 jovens oriundos de Rondônia retornem ao seu estado de origem, após a interdição de um alojamento irregular na cidade de Pedro de Toledo, no interior paulista. O grupo, composto por atletas com idades entre 14 e 20 anos, havia se deslocado para integrar um time de futebol ainda em fase de formação. O imóvel, localizado no bairro Ribeirão do Luiz 1, na zona rural da cidade, foi interditado pela Vigilância Sanitária após denúncia de insalubridade. Durante a inspeção, os agentes confirmaram a precariedade das instalações, que incluíam lixo espalhado, bagunça generalizada e janelas sem vidros. O local, anteriormente utilizado como clínica para dependentes químicos, não possuía autorização para funcionar como alojamento.
A situação foi denunciada ao Conselho Tutelar de Pedro de Toledo e prontamente constatada pela conselheira Claudinéia Ferreira dos Santos, que acionou a assistência social, o Ministério Público e a Polícia Militar. "Não havia camas suficientes para todos. As beliches ainda estavam sendo montadas e reformas estavam em andamento dentro da casa", relatou Claudinéia. Diante do cenário encontrado, o MP-SP determinou o retorno imediato dos jovens a Rondônia. A viagem, que havia durado três dias de ônibus, foi realizada com autorização dos pais dos atletas, que também contribuíam financeiramente para despesas de higiene e alimentação no alojamento. Parte do grupo chegou ao local em janeiro, enquanto o restante desembarcou na madrugada da última quinta-feira (6).
Para facilitar a comunicação com os pais, Claudinéia Ferreira criou um grupo em um aplicativo de mensagens, informando-os sobre o esvaziamento do alojamento e o retorno dos filhos. A vereadora Neuracy Montanagna (PL) também acompanhou a ação de desocupação, destacando que os jovens estavam buscando vagas para estudar na cidade. "Sem prévio aviso ou preparação, a cidade não comporta esse número de vagas nas escolas", afirmou a parlamentar. O responsável pelo alojamento, segundo reportagem da TV Tribuna, afiliada da Rede Globo, preferiu não conceder entrevistas, mas afirmou ter confiado na documentação apresentada pelo proprietário do imóvel, que anteriormente funcionava como clínica de reabilitação para dependentes químicos.
Portal SGC