Porto Velho (RO)25 de Outubro de 202419:45:14
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Brasil e da Argentina atacaram a ONU para disfarçar seus erros administrativos

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Foto: Reprodução

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Mais ação que conversa

Pistoleiros dizem que "chumbo trocado não dói". Em todo o caso, o dito se aplica bem aos presidentes do Brasil e da Argentina, que atacaram a ONU na própria ONU para disfarçar seus erros administrativos. No caso da Argentina, o presidente Javier Milei se derramou em agressões ao organismo internacional tapando os olhos para o fato de 57,4% da sua população viver abaixo da linha da pobreza.

O troco dado pela ONU ao Brasil foi melhor que só apontar problemas internos: Simon Stiell, secretário-executivo da Convenção das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, propõe uma ação coletiva global para evitar as queimadas na Amazônia e outros eventos climáticos extremos, como graves inundações.

Houve um tempo em que depois de uma cheia acima da média ou se uma seca fora do normal as pessoas se animavam supondo que o pior cenário só retornaria depois de vários anos, a julgar por situações anteriores de pico e estabilidade. Atualmente, secas e cheias têm se repetido ou piorado de intensidade ano após ano.

Após os rompantes verbais dos presidentes, sobra a impressão de que os governos nacionais não conseguem resolver problemas internos por incapacidade de unir a sociedade em torno de boas soluções e a ONU terá que apresentar modelos de gestão global resolutivos de fato, com recursos e prazos que não se limitem ao conversê e ao papelório habituais das conferências climáticas.

Segundo turno

Do lado dos chapas brancas -assim são designadas as lideranças em apoio ao nome de Mariana Carvalho (União) em Porto Velho - apostam na boa vantagem do primeiro turno em cima do adversário Leo Moraes (Podemos) em torno de 40 mil votos. Do lado dos "contras" - os oposicionistas unidos em torno da postulação de Leo - um segundo turno equilibrado e acirrado. Lembram que Mauro Nazif enfrentou um segundo turno com Lindomar Garçom com uma diferença semelhante e o árabe acabou levando a melhor no segundo turno. Era mais ou menos 17 por cento de Nazif, contra 35 ou 37 de Garçom.

A decadência

Os Expeditos não conseguiram reeleger Ray Ferreira, o ex-prefeito Mauro Nazif não emplacou seu filho Maurinho a vereador, a votação do ex-deputado estadual Eyder Brasil foi bem acirrada (sorte dele que vai assumir a cadeira de Affonso Cândido reeleito prefeito em Cacoal, na Assembleia Legislativa), vereadores expressivos tombaram diante das novas lideranças por conta de serem tão vacas de presépio ao ponto de sequer lerem os projetos enviados pelo Poder Executivo. Que vão para o inferno, pela omissão. Só oito edis foram reeleitos de 23. A direita se reforça com Sofia Andrade (PL) e Breno (Avante).

As curiosidades

Algumas curiosidades das eleições municipais em Rondônia. A primeira delas, em Cacoal, onde o prefeito Adailton Fúria foi reeleito com um dos maiores índices de todo o Brasil, quase 84 por cento dos votos. Ele virá quente para o Senado ou ao governo do estado. Cacoal e região do café almejam eleger seu primeiro governador, proeza já conquistada por Rolim de Moura, Ariquemes e Ji-Paraná. Em Ariquemes a prefeita Carla Redano foi eleita por uma diferença mínima, de quase 80 votos, disputa bem apertada, como no pleito passado, que ela ganhou por um triz. Em Ji-Paraná Bolsonaro fez a diferença para o Afonso Cândido contra Esaú Fonseca, candidato do governador Marcos Rocha.

As pesquisas

Por incrível que pareça tem gente que ainda acredita em pesquisas em Rondônia, depois de tantos fiascos e maus antecedentes dos institutos no estado em pleitos anteriores. E aqueles que acreditam em pesquisas já estavam festejando eleição em primeiro turno de Mariana e tendo o fiscal do povo Bruno Mendes como o grande campeão de votos a vereança. Dos 52 por cento de intenções de votos de Mariana só apareceram nas urnas 44 por cento e o "campeão de votos" a vereador ficou na rabeira, nas últimas colocações. Veremos como os institutos - que bando de farsantes - se comportam no segundo turno.

As alianças

As alianças para o segundo turno podem definir a eleição do próximo prefeito de Porto Velho. Mariana tem boa vantagem e Leo precisa de uma boa virada para reverter este quadro. Vai precisar de boas composições com os demais partidos, engolir sapos e desaforos em geral para não colocar tudo a perder. Ocorre que ele provocado, desanda, e esta impetuosidade toda vem desde os tempos de liderança estudantil na Universidade Federal do Paraná. Os chapas brancas identificaram está condição e já estão caprichando nas futuras provocações.

Via Direta

*** Boa parte dos jovens foi parte desta brutal abstenção na eleição em Porto Velho, algo em torno de 25 por cento.

















Carlos Sperança

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