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O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) oficializou, na última sexta-feira (31), a candidatura do Teatro Amazonas, em Manaus, e do Teatro da Paz, em Belém, à lista de Patrimônio Mundial da Unesco. Com 128 anos de história, o Teatro Amazonas é um dos maiores símbolos do período áureo da borracha e um dos principais cartões-postais da capital amazonense.
A proposta será analisada pelo Comitê do Patrimônio Mundial, formado por 23 países signatários da Convenção sobre a Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural da Unesco. A candidatura foi realizada em parceria com o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e incluiu a entrega de um dossiê técnico elaborado pelo Iphan, em conjunto com as secretarias de cultura do Amazonas, Pará, Manaus e Belém.
O documento será avaliado com base em critérios como autenticidade, integridade e valor universal excepcional. No entanto, não há prazo definido para a conclusão da análise. O presidente do Iphan, Leandro Grass, ressaltou que a candidatura reforça o compromisso com a valorização do patrimônio cultural brasileiro.
Os teatros representam o auge do ciclo da borracha, combinando influências europeias na arquitetura e nas artes cênicas com características locais. Segundo a superintendente do Iphan no Amazonas, Beatriz Calheiro, a candidatura do Teatro Amazonas fortalece a preservação da memória regional e nacional.
"Nosso teatro não só conta uma parte de nossa história, mas representa também um marco para todos que fizeram e fazem parte dessa história, desde os seringueiros, artesãos, trabalhadores da construção civil e artistas que deram vida aos palcos dos dois teatros", afirmou Beatriz.
Caso aprovadas, as candidaturas dos Teatros da Amazônia integrarão a seleta lista de Patrimônio Mundial Cultural da Unesco, que já conta com 15 bens culturais brasileiros e um de caráter cultural e natural. A decisão final trará maior visibilidade internacional para esses ícones históricos e culturais da região amazônica.
Diário da Amazônia