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O mercado de café vive um momento de volatilidade, impulsionado por expectativas de estragos nas lavouras e pela crescente dependência global da produção brasileira. De acordo com Marcelo Fraga Moreira, consultor de mercado da Archer Consulting, o Brasil continua sendo a "bola da vez", com o mundo dependendo da sua produção para repor estoques nos próximos três anos. Moreira ressalta que os preços devem se manter firmes, mas em patamares "realistas".
Nesta quinta-feira, os contratos futuros de café arábica apresentavam movimentos mistos. O vencimento de março/25 registrava alta de 1.010 pontos, atingindo 399,45 cents/lbp, enquanto os contratos para maio, julho e setembro do mesmo ano mostravam quedas de 640, 585 e 545 pontos, respectivamente. Já o café robusta também apresentou variações, com alta de US$ 94 no contrato de março/25, chegando a US$ 5.631/tonelada, enquanto os vencimentos subsequentes registravam quedas entre US$ 34 e US$ 37.
As condições climáticas continuam a preocupar os produtores, especialmente em relação à safra 2025/26. Um relatório da Pine Agronegócios alerta que a falta de chuvas e o aumento das temperaturas podem resultar em uma das piores condições de umidade do solo para o período do inverno. Isso pode afetar diretamente as gemas florais, estruturas essenciais para a formação dos frutos, e aumentar o risco de quebra de produtividade na safra de 2026 caso o cenário se confirme.
Enquanto o mercado acompanha as oscilações nos preços e os impactos do clima, o Brasil segue como peça central no abastecimento global de café, com desafios e oportunidades à vista para os próximos anos.
Diário da Amazônia