Porto Velho (RO)14 de Março de 202523:47:26
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Ibovespa dispara e encerra semana com alta de 3,1%; dólar cai a R$ 5,74

Investidores continuam focados em notícias sobre os planos tarifários do presidente dos EUA, Donald Trump, que têm gerado tensões comerciais


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Foto: Divulgação

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O Ibovespa disparou nesta sexta-feira (14) e encerrou o pregão com alta de mais de 2%, ultrapassando os 128 mil pontos, tendo como pano de fundo o avanço de commodities como o minério de ferro e o petróleo no exterior, bem como resultados corporativos.

As blue chips Vale, Petrobras e Itaú registraram ganhos expressivos, enquanto Natura&Co foi destaque negativo após divulgação de resultado, perdendo R$ 5,6 bi em valor.

Já o dólar fechou abaixo dos R$ 5,75, enquanto os investidores seguem focados em notícias sobre os planos tarifários do presidente dos EUA, Donald Trump, e analisam dados no Brasil.

No fechamento da sessão, o índice de referência do mercado acionário brasileiro apresentou alta de 2,64%, a 128.957,09 pontos. No acumulado da semana, a bolsa brasileira subiu 3,14%.

A moeda norte-americana, por sua vez, encerrou com baixa de 0,90%, cotado a R$ 5,7451 na venda, registrando uma queda de 0,76% na semana.

Na quinta-feira (13), o dólar à vista fechou com leve baixa de 0,19%, a R$ 5,7974. Já o Ibovespa subiu 1,43%, aos 125.637,11 pontos.

Cenário externo

Por mais uma sessão, a cotação do dólar no Brasil acompanha o cenário externo, onde a moeda norte-americana recuava frente a maioria de seus pares, com destaque para as quedas diante de divisas emergentes, como o peso mexicano, o rand sul-africano e o peso chileno.

Nesse ponto, eram destaque os aumentos nos preços do petróleo neste pregão, o que tende a favorecer países exportadores da commodity, uma vez que as incertezas em relação às discussões por um fim na guerra da Ucrânia voltava a gerar preocupações com a oferta de combustível.

O presidente russo, Vladimir Putin, disse na véspera que apoia a ideia dos EUA de um cessar-fogo de 30 dias no conflito, mas apontou que mais detalhes precisam ser definidos, incluindo uma solução para as causas fundamentais da guerra.

Os preços do dólar no exterior também pareciam estar passando por outro processo de correção, após ganhos acumulados na véspera, à medida que os agentes financeiros continuam navegando por uma série de incertezas comerciais com as tarifas prometidas por Trump.

Na mais recente notícia sobre o assunto, o presidente norte-americano prometeu responder às medidas retaliatórias anunciadas pela União Europeia e pelo Canadá às taxas de 25% impostas pelos EUA nesta semana sobre as importações de aço e alumínio.

A cena política norte-americana também era um fator favorável à busca por ativos de risco, com o Congresso do país próximo de aprovar uma legislação nesta sexta para financiar o governo federal e impedir uma paralisação a partir de sábado (15).

Na Europa, o acordo fechado nesta sexta entre partidos da Alemanha para reformular as regras de endividamento do país também deixava os investidores mais otimistas.

Brasil

Na cena doméstica, a noticiário não apresentava grandes novidades, com o mercado focado na divulgação de dados pela manhã.

O IBGE informou que as vendas varejistas no Brasil apresentaram recuo em janeiro pelo terceiro mês consecutivo, ainda que tenham ficado um pouco acima do esperado.

Além disso, o órgão relatou que os preços ao produtor desaceleraram para uma alta de 0,13% em janeiro diante da queda dos custos dos alimentos, marcando o menor nível em um ano.

"Essa sexta já teve início com o dólar recuando frente ao real, alinhado ao índice da moeda, refletindo maior demanda por ativos de risco, diante do alívio no risco de paralisação nos Estados Unidos", disse Marcio Riauba, chefe da Mesa de Operações da StoneX Banco de Câmbio.

"Em dia de agenda esvaziada, as vendas no varejo do Brasil não pressionam a moeda", completou.






















CNN Brasil

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