Porto Velho (RO)16 de Junho de
202504:01:42
Divulgação
Nos interiores do Amazonas, longe do centro das decisões políticas e econômicas, milhares de famílias ribeirinhas estão transformando a realidade da Amazônia a partir de um modelo próprio, o das Reservas de Desenvolvimento Sustentável (RDS). Criadas para conciliar a conservação da floresta com a melhoria da qualidade de vida das populações locais, essas reservas têm sido fortalecidas há mais de uma década pelo trabalho da Fundação Amazônia Sustentável (FAS), presente em 16 RDS no estado, como as do Rio Negro, Uacari, Uatumã e Juma, a FAS atua junto a cerca de 600 comunidades com ações integradas de geração de renda, acesso à energia limpa, educação ambiental, infraestrutura básica e fortalecimento do protagonismo comunitário. A iniciativa tem contribuído para uma profunda transformação social, ambiental e econômica nas regiões onde atua.
Entre os avanços conquistados, estão a estruturação de cadeias produtivas sustentáveis como o pirarucu manejado, o artesanato, o turismo de base comunitária e a castanha além da instalação de sistemas solares e de acesso à internet em comunidades antes isoladas. A FAS também promove formações em empreendedorismo, tecnologia e liderança, com foco na valorização dos saberes locais e no fortalecimento da governança comunitária.
Para Valcléia Lima, superintendente de Desenvolvimento Sustentável de Comunidades da FAS, as RDS representam um modelo eficaz de desenvolvimento alinhado à realidade amazônica.
"O que vemos nas RDS é o resultado de uma construção coletiva, baseada no conhecimento tradicional e na organização comunitária. É um modelo que parte do território e mostra que é possível viver bem, produzindo e conservando ao mesmo tempo".
Com mais de 15 anos de atuação, a FAS segue fortalecendo parcerias com universidades, organizações internacionais, setor privado e governos, sempre com foco em soluções territorializadas e participativas. No centro dessa abordagem está o respeito ao modo de vida tradicional e o incentivo à autonomia das comunidades amazônicas.
"As RDS têm se tornado laboratórios vivos de soluções amazônicas para grandes desafios globais, como a emergência climática, a insegurança alimentar e a pobreza rural. Investir nas comunidades que vivem da floresta é essencial para garantir a segurança climática do planeta." reforça Valcléia
Com resultados concretos na conservação da floresta e na melhoria das condições de vida de milhares de famílias, as Reservas de Desenvolvimento Sustentável apoiadas pela FAS se consolidam como um dos principais exemplos de que é possível aliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental na Amazônia. Em um momento em que o mundo busca soluções sustentáveis, o modelo construído no interior do Amazonas ganha força como referência.
Talissia Maressa - Portal SGC
