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A Assembleia Nacional da Venezuela votou na terça-feira (1º) para declarar Volker Türk, o alto comissário da ONU para os Direitos Humanos, "e todos os funcionários que o acompanham", "persona non grata". Também instou o poder executivo a se retirar do órgão enquanto Türk estiver no cargo.
A CNN entrou em contato com o gabinete do Alto Comissariado para comentar, mas ainda não recebeu uma resposta.
A iniciativa foi proposta na segunda-feira (30) pelo presidente do parlamento, Jorge Rodríguez, que argumentou que Türk "não estava fazendo nada pelos direitos humanos dos venezuelanos sequestrados em El Salvador" e das 18 crianças que, segundo ele, foram separadas de suas famílias depois que seus pais foram deportados e permanecem nos Estados Unidos.
Durante o programa de televisão "Con Maduro+", transmitido na segunda-feira (30) pela televisão estatal venezuelana, Rodríguez anunciou que consideraria suspender as relações com o Gabinete do Alto Comissariado enquanto Türk permanecer no cargo.
Essa posição foi apoiada pelo ditador Nicolás Maduro e pelo procurador-geral Tarek William Saab, que acusaram a Turquia de "inação" diante do que descreveram como violações dos direitos humanos contra imigrantes venezuelanos e de manter um "silêncio cúmplice" em relação à situação em Gaza e às operações de imigração nos Estados Unidos.
A decisão ocorre após a publicação de um relatório do gabinete de Türk sobre as eleições de 2024 e 2025 no país sul-americano, que denuncia detenções arbitrárias de opositores, defensores dos direitos humanos e cidadãos estrangeiros.
A ditadura venezuelana tem rejeitado consistentemente essas acusações e acusado as organizações e porta-vozes por trás dessas alegações de receber financiamento estrangeiro.
CNN