Congresso internacional em Manaus reúne 10 países para debater educação ambiental e justiça climática

Manaus é sede, nesta semana, do maior congresso de educação ambiental voltado aos países e comunidades de língua portuguesa. Entre os participantes estrão presentes no evento representantes de governos, universidades, movimentos sociais e comunidades tradicionais.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, participou da abertura oficial, reforçando o compromisso do Brasil com a pauta socioambiental e a construção coletiva de soluções para a justiça climática. O congresso integra a agenda preparatória da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), prevista para ocorrer em novembro, em Belém (PA).

Com intensa programação, o evento acontece até o dia 25 de julho e ocupa diversos espaços em Manaus. Oficinas, painéis temáticos, rodas de conversa, exibição de produções audiovisuais, lançamentos de livros e atividades culturais valorizam os saberes amazônicos e aproximam diferentes realidades da lusofonia.

Um dos destaques do congresso é o conjunto de visitas e atividades de convivência com comunidades locais, além do espaço gastronômico "Troca de Sabores e Saberes", que apresenta iguarias típicas dos países participantes.

Então é um dia inteiro onde acontecem muitos eventos, são minicursos, rodas de conversa, mostras de áudio visual, tem debates, tem muitas miniconferências acontecendo. Nós vamos ter dois eventos fora do espaço aqui do congresso, nós vamos ter troca de sabores e saberes, onde cada um dos dez países traz algumas das suas iguarias pra que todos possam experimentar. Disse a Magda Fernanda organizadora de logística do evento

Para o superintendente do Ibama no Amazonas, a realização do evento na capital amazonense é um marco para a inclusão da região nos grandes debates ambientais globais.

Acho importante que a sociedade de Manaus acorde para esse debate, que futuro queremos para a floresta que preservamos? O Amazonas tem a maior cobertura vegetal e biodiversidade preservadas do mundo. Precisamos decidir vamos deixar destruir ou vamos usar de forma sustentável, gerando renda e oportunidade para o nosso povo? Primeiro, é colocar Manaus no centro da discussão sobre mudança climática. Depois, debater os futuros da floresta e da nossa gente." explicou o superintendente do Ibama Joel Bentes 

Toda a programação é organizada a partir de cinco eixos temáticos que irão compor a Carta de Manaus, documento político-pedagógico que será elaborado ao fim do congresso com diretrizes para a educação ambiental nos países de língua portuguesa.

Talissia Maressa - Portal SGC