Porto Velho (RO)10 de Agosto de 202502:37:23
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Amazonas

Incêndio em fábricas no Distrito Industrial é o maior da história de Manaus, afirma Corpo de Bombeiros

Fogo começou na terça (5) e foi completamente extinto na manhã desta quinta (7), após mais de 40 horas.


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Divulgação

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O incêndio que atingiu os galpões das fábricas da Effa Motors e Valfilm da Amazônia, no Distrito Industrial 2, em Manaus, foi o maior já registrado na história da capital, segundo o Corpo de Bombeiros do Amazonas (CBMAM). O fogo começou na terça (5) e foi completamente extinto na manhã desta quinta (7), após mais de 40 horas.


"O maior incêndio que Manaus já foi acometido de todos os tempos", afirmou o comandante-geral da corporação, coronel Orleilson Muniz, nesta quinta (7), em entrevista coletiva.

Trabalhadores relataram que o fogo teria começado por volta das 12h de terça-feira (5), após faíscas de solda caírem em um produto químico na linha de produção da Effa Motors, responsável pela produção de caminhões de pequeno porte. Cem veículos estavam no local.


Durante a operação, 205 bombeiros militares atuaram no local, além de brigadistas e bombeiros civis das próprias empresas. O combate contou com equipamentos como drones, plataformas aéreas e viaturas novas, além de espuma sintética para facilitar o resfriamento dos focos mais profundos.


De acordo com Muniz, o incêndio foi confinado ainda na noite de quarta, o que é considerado um avanço.

"Incêndios dessa magnitude, Brasil afora, leva-se mais de cinco dias para chegar ao ponto que nós chegamos ontem à noite, que era confinar o incêndio", explicou.

O fogo teve início na cobertura do primeiro pavimento, segundo o comandante. As causas ainda serão investigadas. "Vai ser avaliado com muito critério, porque, como eu falei, existe o componente elétrico nisso, existe o componente que pode ter acontecido algum vazamento com ignição simultânea", disse.

Dentro do galpão, havia grande volume de materiais inflamáveis, como plásticos, solventes e colas.

Queimou material altamente combustível, como um polipropileno, solvente, cola, muito material plástico e isso potencializa o fogo e faz com que seja difícil", disse Muniz. "Incêndios, com essa carga de incêndio, seja, material que queima, ele tem potencial para durar semanas".

Apesar da gravidade do caso, o Corpo de Bombeiros informou que um terço do pavilhão foi preservado, além de centenas de veículos, cuja quantidade exata ainda não informada. O calor intenso também causou danos aos prédios vizinhos.

"Chegou ali a quebrar todos os vidros das edificações do lado, mas não propagou também", afirmou. Uma das principais preocupações também foi a floresta ao lado da área atingida. "Durante o incêndio, quando ele está no seu pico, existem micro, pequenas e médias explosões internas. E essas explosões podem projetar pontos de ignição, ou seja, fagulhas de fogo, para a vegetação. E pegando em uma vegetação seca, esse incêndio poderia se propagar e a tragédia aumentar", esclareceu.

Nesta quinta (7), o trabalho entrou na fase de rescaldo e a previsão é que até o fim do dia a área seja entregue ao proprietário.

"Não há mais possibilidade de reignição. Garantimos o controle total da área e seguimos agora com a investigação sobre as causas", disse o comandante.

Muniz disse também que as duas empresas afetadas possuem auto de vistoria do Corpo de Bombeiros. A previsão é que o laudo sobre a origem do incêndio fique pronto em até 60 dias.

A Effa Motors declarou que ainda não tem a real dimensão dos prejuízos, mas que as autoridades seguem no local, acompanhando os desdobramentos e adotando medidas de segurança.

A Prefeitura de Manaus e outros órgãos ambientais já tratam o caso como um desastre ambiental, diante da queima de material contaminante e dos riscos à saúde pública e ao meio ambiente.


















Portal SGC

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