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O Ministério das Relações Exteriores da China anunciou que Kim Jong-un e Vladimir Putin estarão entre os 26 líderes estrangeiros que participarão do grande desfile militar chinês, que acontecerá em Pequim às 9h00 de quarta-feira (3), no horário local (22h00 de terça-feira, no horário de Brasília).
O evento marca os 80 anos da rendição do Japão na Segunda Guerra Mundial e sinaliza um fortalecimento das relações entre regimes autoritários.
Entre os participantes confirmados estão alguns dos governantes mais controversos da atualidade, incluindo os líderes do Irã e Alexander Lukashenko, de Belarus. O evento coincide com uma importante reunião da Organização para a Cooperação de Xangai, um bloco de segurança regional que reúne países da Ásia Central e alguns países europeus.
Impactos na geopolítica global
A aproximação entre estes países tem consequências significativas para os conflitos atuais. A China, segunda maior economia e potência militar do mundo, tem sido fundamental para manter economias sob sanções ocidentais em funcionamento. Um exemplo notável é o apoio chinês ao esforço de guerra russo na Ucrânia.
A cooperação militar entre Rússia e Coreia do Norte também se intensificou, com soldados norte-coreanos atuando na linha de frente do conflito ucraniano, resultado de um acordo de defesa mútua entre os países.
Índia sinaliza mudança estratégica
Um movimento que chama atenção é a participação da Índia na reunião da Organização para a Cooperação de Xangai. Narendra Modi fará sua primeira visita à China desde 2019, em um momento em que seu país enfrenta altas tarifas impostas pelos Estados Unidos. Apesar das rivalidades históricas e disputas fronteiriças recentes no Himalaia, esta aproximação indica possíveis mudanças no equilíbrio de poder global.
Portal SGC