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A 70 dias da COP30, a capital paraense vive um momento de transformação, com investimentos que estão modernizando a cidade e preparando a infraestrutura para receber delegações de todo o mundo. Aeroporto, terminais hidroviários e portos, macrodrenagens, parques, bioeconomia, sistema de esgoto e pontos turísticos passam por melhorias que também ficarão como legado para a população belenense.
Somente do governo federal, o investimento ultrapassa R$4 bilhões, garantindo que Belém seja palco do maior evento climático já realizado pela ONU, com infraestrutura renovada, soluções de mobilidade, espaços requalificados e um legado urbano permanente. "As obras estão dentro do cronograma e se aproximam da reta final de preparação para a conferência. A cidade está cada vez mais pronta para receber visitantes e delegações de todo o mundo", afirma o secretário extraordinário para a COP30, Valter Correia.
Ao desembarcar no Aeroporto Internacional de Belém, os visitantes já percebem as mudanças: ampliação do terminal, novas áreas de embarque, modernização da pista e melhorias de acessibilidade, além de uma praça de alimentação totalmente renovada. As intervenções, que já estão 95% concluídas, transformam a experiência de chegada à capital.
Outros portões de entrada também estão em fase de modernização. O Terminal Hidroviário Internacional já finalizou 76% das obras de construção dos armazéns 9 e 10. No Terminal Turístico Hidroviário da Tamandaré, os serviços incluem um píer para quatro embarcações e uma estação com capacidade para 500 passageiros, facilitando o acesso ao Marajó e às ilhas da região. Já o Terminal Portuário de Outeiro passa por ampla reforma para receber dois navios que funcionarão como hotéis flutuantes durante a COP30, com novo píer de 710 metros e área de receptivo. A entrega está prevista para 14 de outubro, e só nesta obra já foram gerados mais de 450 empregos diretos.
Macrodrenagem
Uma das obras mais aguardadas pela população é a macrodrenagem da Bacia do Tucunduba, que já está 83% concluída. O projeto contempla 11 canais da segunda maior bacia da cidade: sete já entregues — integralmente ou em trechos — e cinco em andamento, com conclusão prevista para novembro.
Também em fase final, com 91% de execução, está a macrodrenagem dos canais Benguí e Marambaia. As intervenções abrangem 1,9 km de reparos até o canal São Joaquim, solucionando alagamentos históricos. Além da drenagem, o conjunto de trabalhos inclui redes de água e esgoto, sete pontes, três passarelas, praça com quadra esportiva e melhorias na urbanização viária.
Falando em saneamento, a obra no Sistema de Esgotamento Sanitário do Mercado Ver-o-Peso já alcançou 89% de execução. Nesta primeira etapa, estão sendo implantados 4.100 metros de rede coletora e 300 ramais domiciliares, com melhorias que incluem recomposição do pavimento e preservação dos tradicionais paralelepípedos históricos.
E ainda sobre o maior mercado a céu aberto da América Latina e um dos principais cartões postais de Belém, o complexo Ver-o-Peso passa por uma completa requalificação, com 90% concluída. A reforma total está orçada em cerca de R$66 milhões, incluindo R$11,2 milhões para o Sistema de Esgotamento Sanitário.
A Feira do Ver-o-Peso, onde 194 trabalhadores atuam diariamente nas modernizações, ganhou novas coberturas de lona, teve todas as estruturas metálicas lixadas e pintadas, além da limpeza e troca dos vidros dos lanternins. O piso também foi renovado e recebeu modernos guarda-corpos, melhorando a segurança e o conforto de feirantes e visitantes.
No Mercado do Peixe, dentro do complexo Ver-o-Peso, a modernização segue em ritmo acelerado. As fachadas estão sendo revitalizadas com pintura, as telhas substituídas e a cobertura passou por uma limpeza completa. Em breve, o piso interno será renovado, preservando o padrão original, e as antigas bancadas darão lugar a novas estruturas em aço inox, que garantem melhores condições de higiene, praticidade e durabilidade.
Parque Linear
Com 97% de execução e prestes a ser entregue, o Parque Linear da Doca já transformou a paisagem urbana de Belém. As obras no canal da Doca, com drenagem e despoluição, trouxeram melhorias ambientais e um novo espaço de lazer, com paisagismo (incluindo o plantio de 200 árvores), passarelas, mirantes, quiosques, parque infantil, academia ao ar livre e ciclovia.
Já o Parque Linear da Tamandaré, com 92% de avanço e entrega prevista para setembro, inclui 1,4 km de canal em obras de drenagem e esgoto, instalação de subestação para controle de marés, paisagismo, quiosques, ciclovias, playground e academia ao ar livre, fortalecendo a convivência e a qualidade de vida da população.
Mobilidade Urbana
A requalificação de centenas de vias e avenidas de Belém (algumas já concluídas e entregues à população) está mudando a rotina da cidade. Entre elas, a Rua da Marinha se destaca, com trabalhos de ampliação, pavimentação, prolongamento e duplicação em 3,5 km, interligando seis bairros da capital. A via passará de duas para seis faixas, com dois trechos conectados por uma rotatória. A intervenção abrange uma área de 255 mil m², já transferida ao Estado, e vai melhorar significativamente a mobilidade urbana na região.
Legado
Com todas essas frentes de projetos em andamento, Belém se prepara para receber um dos maiores eventos globais sobre mudanças do clima, mas também para oferecer uma cidade mais moderna e sustentável aos seus moradores. O investimento em infraestrutura deixa um legado que vai muito além da COP30. É uma nova fase na história da capital paraense.
Portal SGC