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Popularidade em baixa
Ameaçado pela III Guerra Mundial, ao peso combinado das crises econômica, ambiental e climática, não há país imune aos reflexos e impactos de intensidade variável da conjuntura geral. Em uma sociedade dividida em bolhas de endeusam ou ofendem os dirigentes políticos, as dificuldades conjunturais são atribuídas ao governo de plantão.
Como existe a alternância no poder, há sempre forte apoio ao governo via propaganda institucional, embora sua oposição aumente na medida em que os reflexos da crise geral se revelam no país. Assim, os governos terão sempre uma aprovação de 50% para mais se tiverem uma competente máquina de propaganda. A conjuntura geral também afeta a popularidade do Parlamento e da Justiça, mas a propaganda desses poderes não funciona com a mesma dotação volumosa do Executivo.
O Congresso está sob intenso fogo, por conta de barbaridades cometidas. A Justiça, por excessos de alguns membros, também está sob ataque. Para os três poderes, entretanto, a melhor propaganda, mais que a bajulação feita por robôs na Internet ou pelos algoritmos portadores de ofensas, são seus atos. O STF, por exemplo, positiva-se com a mostra Amazônia Viva, no Hall dos Bustos, em sua sede, totalmente restaurada depois do vandalismo, mas teria mais resultado se a divulgação nas redes sociais fosse tão competente quanto a dos robôs que o atacam.
Fazendo as contas
O cara-pálida leitor está fazendo suas contas a respeito da eleição em Porto Velho e eu as minhas, sobre os dois principais candidatos -Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos) já polarizando a campanha na capital. Sobre Mariana: a sua maior carta é o apoio sincero e fidelíssimo do atual prefeito Hildon Chaves (PSDB). É a candidata que representa a continuidade das duas boas gestões do atual alcaide, uma certa garantia de mais uma boa gestão. A outra carta é o apoio pela metade do governador Marcos Rocha (União Brasil), já que boa parte da sua base não acompanha Mariana.
Apoios cobiçados
Neste estágio de pré-campanha, tanto Mariana Carvalho como Leo Moraes vão se preparando para as convenções partidárias que vão homologar suas candidaturas em julho. Também correm atrás de apoios cobiçados, como o do atual presidente da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz (PRTB), do deputado federal Fernando Máximo (União Brasil) e da deputada federal Cristiane Lopes, aquela que quase complicou a reeleição de Hildon Chaves em 2020. Hildão, principal coordenador da campanha de Mariana também poderia atrair para seu lado o seu ex-secretário de interior Vinicius Miguel (PSB) para o palanque os Carvalhos.
As prioridades
Sendo confirmadas as prioridades do Diretório Nacional do PT em ajustar suas contas do fundão eleitoral para as capitais mais populosas, será descartada a convocação da ex-senadora Fátima Cleide para disputar a prefeitura de Porto Velho nas eleições deste ano. Mesmo porque Fatima nunca demonstrou muito empenho nesta postulação por aqui já que está bem confortável trabalhando no gabinete do presidente em Brasília com seu guru, Lula. A consequência da decisão dos petistas é que na formação da Frente Democrática em Porto Velho ficou mais fácil decidir quem será o nome da coalizão: Vinicius Miguel (PSB) ou Celio Lopes (PDT).
Reforçando paliçadas
Do lado do MDB, partido com grande estrutura no estado, os articuladores da campanha da juíza Euma Tourinho se empenham na busca de alianças. Os coordenadores Confúcio Moura, Lucio Mosquini, Willians Pimentel tem dialogado com outras agremiações para celebrar alianças e garimpar um vice. Existe a confiança das bases emedebistas na decolagem da ex-juíza e a certeza de lideranças experientes de um baita potencial desta candidata que já na largada é considerada uma espécie de terceira via frente aos chamados postulantes de ponteira, que são Mariana e Leo Moraes.
Via Direta
* A partir de agora os institutos de pesquisas que trabalham em Porto Velho que evitavam colocar o nome de Leo Moraes nas suas enquetes não tem mais como manipular os resultados em favor do seus padrinhos * Mais uma vez os políticos de Rondônia e do Amazonas usam como mote de campanha a reconstrução da rodovia 319, que conecta Porto Velho a Manaus, tirando o Amazonas e Roraima do isolamento rodoviário * Passadas as eleições, novamente tudo fica na esperança de que alguma coisa aconteça na referida estrada*** O pré-candidato Benedito Alves, do Solidariedade espera o apoio do deputado federal Fernando Máximo para impulsionar sua campanha. Benê está otimista.