JI-PARANÁ: Rio Machado está a quatro centímetros do nível mais crítico

O nível do Rio Machado que divide o município de Ji-Paraná em dois distritos (1º e 2º), alcançou na manhã desta quarta-feira (31/7), a marca de 6,32m, ficando apenas 4/cm acima do nível considerado mais crítico que é de 6,28m, segundo o responsável pela marcação diária para a Agência Nacional de Águas (ANA), Lucenir Saldanha. Outro importante rio da cidade, o Urupá, responsável pelo o abastecimento da cidade, também teve severa seca devido a falta de chuvas.

Desde o último sábado (27/7), o nível do Rio Machado, em Ji-Paraná, vem tendo seu nível de água diminuindo, na média, de dois centímetros por dia. No sábado, a régua registrou 6,42m; Domingo, 6,40m; Segunda, 6,38m, e na terça, 6,37m. Nesta quarta, a queda foi maior, de 5 cm. "Todos os dias repassamos duas informações para a ANA sobre o nível do Rio Machado. Se continuar dessa maneira, sem chuvas, certamente o nível do Machado poderá ser o pior da história", comentou Lucenir Saldanha. 

Colônia

Em contato com a reportagem, Manuel Batista, presidente da Colônia de Pescadores Z-9, disse que 2024 deve ser o ano de maior seca do Rio Machado. Segundo ele, a pesca já está prejudicada, os pescadores já não encontram peixes facilmente. "Com o rio secando, eles procuram se esconder nas grutas e lugares mais fundos", afirmou. Ele ainda lembrou que os meses de agosto e setembro, são considerados os piores no período da falta de chuvas. Outra situação que preocupa a Colônia Z-9 é a presença de pescadores amadores nos rios da região, sem temer qualquer tipo de fiscalização.

Abastecimento

Se a seca do Rio Machado preocupa, a situação do Rio Urupá, responsável pelo o abastecimento da cidade, incomoda ainda mais. Segundo o gerente local da Companhia de Água e Esgoto de Rondônia (Caerd), Fernando Rodrigues, o nível do Urupá é considerável, ainda estável. Mas, registrando baixa gradativamente. "Ainda estamos conseguindo captar água e mantendo a regularidade do sistema de abastecimento.", disse Fernando Rodrigues e, concluiu: "Estamos discutindo a possibilidade de implantar uma captação flutuante no rio Urupá".

J Nogueira/PortalSGC