Porto Velho (RO)19 de Abril de 202502:44:08
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PLANTÃO DE POLÍCIA

Quase 30 pessoas são presas em megaoperação da Polícia Militar em acampamento ilegal da LCP em Porto Velho

Ação conjunta desarticula base armada de grupo em área de conflito na zona rural; armas, motosserras, rádios e artefatos explosivos foram apreendidos


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Foto: Portal SGC

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Na manhã de sexta-feira (11), uma megaoperação coordenada pela Polícia Militar de Rondônia resultou na prisão de quase 30 pessoas em uma área rural entre os distritos de União Bandeirantes e Nova Mutum Paraná, em Porto Velho. A ação, que contou com apoio da Polícia Ambiental e da Gerência de Aviação (GAVE), teve como alvo um acampamento da Liga dos Camponeses Pobres (LCP), suspeito de abrigar práticas criminosas como invasão de terras, ameaças a proprietários, desmatamento ilegal e porte de armamento.

A operação foi realizada com base no processo judicial nº 0021.019435/2025-46 e teve como ponto central a região da Linha G, onde denúncias apontavam a existência de um acampamento organizado com faixas da LCP, barracos improvisados e veículos com sinais identificadores suprimidos.



Durante a abordagem, que contou com forte presença policial, os agentes encontraram uma estrutura complexa, composta por rádios comunicadores, facões, foices, motosserras, celulares, artefatos explosivos (fogos tipo bomba), além de dez motocicletas e um automóvel com documentação irregular.


No carro de A.D.M.T., apontado como uma das lideranças do movimento, foi apreendida uma pistola Taurus G2C calibre 9mm, municiada e sem registro. Também foram encontradas latas de tinta spray vermelha — usadas na confecção de bandeiras e inscrições de intimidação. O acusado, que mantinha lote no acampamento "Galo Velho", foi preso em flagrante.


Outra detenção relevante foi a de W.S.B., que confessou usar motosserra para derrubada de árvores em área de preservação permanente. A polícia também apreendeu uma espingarda calibre 20, escondida entre os barracos, indicando tentativa de ocultação de armamento.


Os acampados, segundo a investigação, exerciam funções de segurança armada, fazendo rondas para impedir a entrada de legítimos proprietários e controlar o acesso ao local. As ações são caracterizadas pela polícia como esbulho possessório e formação de milícia privada.


Além dos líderes, também foram presos I.G.L., conhecido como "Chapéu", que tentou fugir pela mata, D.C.P., L.A.L. e A.P.S., entre outros envolvidos.


A operação reforça a atuação das forças de segurança no enfrentamento a conflitos agrários em Rondônia, sobretudo contra organizações que, sob discurso de luta por terra, adotam práticas armadas e ilegais.


Os suspeitos e o material apreendido foram encaminhados às autoridades competentes para os devidos procedimentos legais. A investigação segue em andamento.











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