Porto Velho (RO)14 de Agosto de 202413:18:50
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Maduro vence González por 51% a 44%, diz o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela

Vários países questionam legitimidade das eleições venezuelanas, enquanto aliados celebram vitória histórica


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Foto: Juan Barreto/AFP

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O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela declarou Nicolás Maduro vencedor das eleições presidenciais. Enquanto várias nações questionam a legitimidade da vitória e cobram transparência no processo, os apoiadores do presidente reeleito celebram um momento histórico.

"Eu sou Nicolás Maduro Moros, o presidente reeleito da República Bolivariana da Venezuela. Irei defender a nossa democracia, a nossa lei e o nosso povo", proclamou Maduro aos seus apoiadores em Caracas, após um atraso de seis horas na divulgação dos resultados das eleições de domingo (28). Segundo o conselho eleitoral, Maduro obteve 51,21% dos votos, contra 44,2% do adversário Edmundo González Urrutia.

Com cerca de 80% dos votos contados, Maduro garantiu mais de 5 milhões de votos, em comparação aos 4,4 milhões de González Urrutia. O resultado representou um golpe para a oposição venezuelana, que se uniu em torno da candidatura de González na esperança de tirar o país de uma grave crise econômica.

María Corina Machado, líder da oposição, afirmou que González venceu com 70% dos votos e devia ser considerado o presidente eleito. "Ganhamos em todos os estados e todos sabem disso", declarou ela, alegando que a oposição derrotou o governo "com votos".

Repercussão Internacional

A reeleição de Maduro foi celebrada por aliados como Cuba, Bolívia e Colômbia. O líder cubano Miguel Díaz-Canel Bermúdez saudou a "vitória histórica" e o triunfo da "dignidade e coragem do povo venezuelano". O presidente da Bolívia, Luís Arce, também comemorou o resultado, destacando a data simbólica do 70º aniversário de Hugo Chávez.

A China parabenizou a Venezuela pelo "sucesso das suas eleições presidenciais" e expressou o desejo de fortalecer a parceria estratégica entre os países.

Por outro lado, representantes dos Estados Unidos, da União Europeia e de vários países latino-americanos cobraram transparência no processo eleitoral. Antony Blinken, secretário de Estado dos EUA, expressou sérias preocupações de que o resultado não reflete a vontade do povo venezuelano, apelando por uma contagem justa e transparente dos votos.

Josep Borrell, chefe da diplomacia da União Europeia, enfatizou a necessidade de total transparência, incluindo a contagem detalhada dos votos. Líderes de países como Chile, Peru, Costa Rica e Uruguai também manifestaram dúvidas sobre a legitimidade dos resultados e rejeitaram a violação da vontade popular.

A situação na Venezuela permanece tensa, com a comunidade internacional acompanhando de perto os desdobramentos.











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