Porto Velho (RO)14 de Junho de 202517:18:13
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Ataque do Irã mata uma mulher e deixa 60 feridos em Israel

Fortes explosões foram registradas em Tel Aviv, Jerusalém e outras regiões do país


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O Irã lançou uma nova onda de mísseis contra Israel, em retaliação aos bombardeios israelenses que destruíram instalações nucleares e mataram integrantes da cúpula militar iraniana. Segundo as Forças de Defesa de Israel (IDF), os sistemas antimísseis do país — incluindo o Domo de Ferro — foram acionados para interceptar os projéteis. Fortes explosões foram registradas em Tel Aviv, Jerusalém e outras regiões do país. Uma mulher morreu após ser atingida por um dos mísseis e mais de 60 pessoas ficaram feridas, de acordo com o jornal Times of Israel. Três hospitais relataram atendimento a pelo menos 40 feridos.

As sirenes de alerta soaram em diversas partes de Israel por volta das 21h11 (15h11 em Brasília) de sexta-feira. Minutos depois, a população foi instruída a buscar abrigo. Meia hora mais tarde, as autoridades liberaram a saída dos espaços protegidos, mas recomendaram que as pessoas se mantivessem próximas a eles. As forças de defesa israelenses afirmaram ter identificado ao menos duas grandes ondas de mísseis balísticos vindas de território iraniano.

Os projéteis partiram de diferentes pontos do Irã, como Teerã e Kermanshah, segundo a TV estatal iraniana. Antes do ataque com mísseis, o Irã já havia lançado uma salva de cerca de cem drones, que foram derrubados antes de atingir o território israelense. Em pronunciamento, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, afirmou que Israel "começou uma guerra" e que não haverá "ataque e fuga" sem consequências. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou que o Irã cruzou "linhas vermelhas" ao mirar centros populacionais civis e prometeu uma resposta pesada.

O Irã afirma ter atingido dezenas de alvos estratégicos, como bases aéreas e centros de produção de mísseis. A imprensa estatal divulgou que "imagens de satélite e inteligência de campo" confirmam o sucesso da operação, mas não há confirmação independente dessas informações. A ofensiva iraniana é uma resposta direta à operação israelense realizada na madrugada de sexta-feira (12), que destruiu instalações nucleares no Irã e matou pelo menos 78 pessoas, segundo fontes locais. Entre as vítimas estão comandantes da Guarda Revolucionária Iraniana. O governo de Israel disse que o objetivo da ação era impedir o desenvolvimento de uma bomba atômica pelo Irã.

Conflito em escala crescente

A escalada atual é resultado de meses de crescente tensão entre os dois países. Israel avalia que o regime iraniano passa por um momento de fragilidade, tanto por pressões internas — como crise econômica e instabilidade política — quanto pelo enfraquecimento de seus aliados na região. Nos últimos meses, milícias apoiadas por Teerã, como Hezbollah, Hamas e Jihad Islâmica, sofreram derrotas significativas em confrontos com as forças israelenses. Além disso, ataques anteriores atribuídos a Israel mataram lideranças importantes do Irã, como o general Mohammad Reza Zahedi, da Guarda Revolucionária, em Damasco.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, classificou a operação contra o Irã como uma das "maiores da história" e afirmou que ela teve como alvo principal a destruição do arsenal balístico e da infraestrutura nuclear iraniana. Ele também instou a população iraniana a se rebelar contra o regime teocrático.

Apesar da troca de ataques diretos e da retórica agressiva de ambos os lados, não há, até o momento, uma declaração formal de guerra entre Israel e Irã. Ainda assim, analistas consideram que o conflito entrou em uma nova fase, mais aberta e imprevisível, com risco de escalada regional. A embaixada brasileira no Irã pediu que cidadãos do Brasil atualizem seus dados cadastrais, em meio ao agravamento da crise. A expectativa é que novos confrontos ocorram nos próximos dias












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