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Um novo surto de ebola foi confirmado na República Democrática do Congo, no oeste africano, deixando ao menos 15 mortos, entre eles quatro profissionais de saúde. A informação foi divulgada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (4).
Segundo as autoridades locais, já são 28 casos suspeitos nas zonas de saúde das cidades de Bulape e Mweka. Os pacientes apresentam sintomas como febre alta, vômitos, diarreia e sangramentos nos olhos, característicos da doença. Exames feitos no Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica, em Kinshasa, confirmaram a presença do vírus Ebola Zaire, a forma mais agressiva da enfermidade.
Para conter a propagação, a OMS enviou duas toneladas de suprimentos emergenciais, incluindo equipamentos de proteção individual, kits médicos e laboratórios móveis. Equipes da área da saúde estão atuando em parceria com autoridades congolesas para reforçar o monitoramento de casos, protocolos de segurança em hospitais e o atendimento a pacientes.
"Estamos agindo com determinação para interromper rapidamente a propagação do vírus e proteger as comunidades", disse o Dr. Mohamed Janabi, diretor regional da OMS para a África.
Acesso difícil
Apesar dos esforços, o acesso à região continua sendo um desafio. Equipes humanitárias relatam viagens de até um dia inteiro partindo de Tshikapa, capital da província, com poucas opções de transporte aéreo.
O último surto de ebola na República Democrática do Congo ocorreu em abril de 2022, na província de Equateur, e foi controlado em menos de três meses. Desde que o vírus foi identificado pela primeira vez, em 1976, o Congo já enfrentou 15 surtos.
Sintomas da doença
A incubação do ebola varia entre dois e 21 dias. Os sintomas podem surgir de forma súbita e se assemelhar a uma gripe forte, com febre, dor de cabeça e fadiga intensa. Nos casos mais graves, há sangramentos nos olhos, nariz, boca ou ouvidos, além de icterícia, erupções na pele e dores abdominais.
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