Porto Velho (RO)27 de Agosto de 202515:13:47
EDIÇÃO IMPRESSA
Plantão de Polícia

Juiz muda texto, mas mantém livre suspeito pego com 200 kg de cocaína

Inicialmente, o juiz Marcelo Nalesso Salmaso havia escrito que a quantidade de drogas apreendida foi "pequena" e depois admitiu o equívoco


Imagem de Capa

Juiz muda texto, mas mantém livre suspeito pego com 200 kg de cocaína

reprodução

PUBLICIDADE

O juiz Marcelo Nalesso Salmaso corrigiu o texto de uma decisão tomada na última segunda-feira (25/8) que concedeu liberdade provisória a Thiago Zumiotti da Silva, preso com mais de 200 kg de pasta-base de cocaína na cidade de Itu, no interior de São Paulo.

Porém, o novo texto manteve o homem detido com as drogas em liberdade. A retificação ocorreu porque, inicialmente, o juiz escreveu que a quantidade de drogas apreendida não foi "exacerbada" e era "pequena". Afirmou, ainda, que o suspeito não tinha antecedentes criminais e não apresentava periculosidade.

A decisão gerou críticas do secretário da Segurança Pública Guilherme Derrite, que foi até as redes sociais protestar contra Salmaso: "Decisão absurda que liberou um traficante com mais de 200 kg de pasta-base de cocaína por considerar uma "pequena quantidade". Isso é desrespeito com o trabalho policial e, principalmente, com a população".

Ainda na segunda-feira, o juiz publicou uma retificação da decisão afirmando que, por conta de um equívoco, foi usado um modelo de redação padronizado no texto original, aplicado em situações de liberdade provisória em casos de tráfico de entorpecentes.

"A decisão lançada no termo da audiência de custódia destes autos, realizada no dia 21 de agosto de 2025 (fls. 49/51), por um equívoco, é a íntegra de um texto-modelo utilizado para concessão de liberdade provisória em situações de tráfico ilícito de entorpecentes, mas que não guarda correspondência exata com o caso concreto em tela", escreveu.

Salmaso afirma ainda que, por esse motivo, sua decisão escrita não corresponde à decisão verbal proferida na audiência. Contudo, a retificação não significou revisão na prisão de Thiago Zumiotti, que continuará respondendo ao processo em liberdade.

Desta vez, o juiz considerou que a quantidade de drogas é de "elevada monta", mas afirmou que não há indícios de que o acusado integre uma organização criminosa ou "ocupa posições significativas na cadeia do tráfico de entorpecentes".

Entenda a mudança feita pelo juiz

Thiago Zumiotti da Silva foi preso no dia 20 de agosto por transportar mais de 200 kg de cocaína na cidade de Itu, interior de São Paulo.

Em audiência de custódia no dia seguinte, o juiz Marcelo Nalesso Salmaso concedeu liberdade provisória ao homem.

O magistrado aplicou um mecanismo chamado de tráfico privilegiado, que é uma causa especial de redução de pena de condenados por tráfico de drogas que são réus primários, tem bons antecedentes, não se dedica a atividades criminosas e não integra organização criminosa.

Ele alegou "pequena quantidade de tóxico apreendida".

Segundo o juiz, "a quantidade de droga apreendida não foi exacerbada".

Além disso, Salmaso disse que o preso foi liberado porque era réu primário. Ele não pagou fiança.

A decisão gerou críticas do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, que publicou um vídeo nas redes sociais.

O magistrado retificou a decisão, publicada na última segunda-feira (25/8), dizendo que, por conta de um equívoco, foi usado um modelo de redação padronizado no texto original, aplicado em situações de liberdade provisória.

Desta vez, o juiz considerou que a quantidade de drogas é de "elevada monta".

Porém, considerou que não há indícios de que o acusado integre uma organização criminosa ou "ocupa posições significativas na cadeia do tráfico de entorpecentes" e manteve a liberdade provisória a Thiago Zumiotti da Silva.

O juiz levou em conta que Zumiotti é réu primário e considerou que o crime foi praticado sem violência ou grave ameaça. Além disso, segundo Salmaso, o homem preso possui bons antecedentes e exerce trabalho lícito.

O magistrado ressaltou que ainda é necessário colher mais provas para definir uma decisão final sobre o caso.










metrópoles

Últimas notícias de Plantão de Polícia