Porto Velho (RO)15 de Junho de
202503:09:27
O que você deixaria registrado para as futuras gerações? Cartas, fotos, objetos, pensamentos? Em outubro de 1994, alunos e professores de duas escolas de Ji-Paraná, assim como membros da sociedade da época, responderam a essa pergunta e depositaram seus registros em uma cápsula do tempo. Mais de três décadas depois, no dia 13 de junho de 2025, a cápsula foi aberta em uma cerimônia emocionante no Lar do Idoso Aurélio Bernardi.
A iniciativa partiu de membros das famílias Gurgacz e Bernardi, durante o lançamento da pedra fundamental do Lar do Idoso. A ideia era preservar um pedaço da história de Ji-Paraná e do Brasil, com registros do cotidiano, da educação, dos sonhos e expectativas de uma geração.
Dentro da cápsula, estavam cartas, desenhos, revistas e jornais da época. "Graças a Deus nós conseguimos colocar a carta, esperar 30 anos e poder abrir e achá-las aqui", afirmou emocionado o empresário Luiz Bernardi, idealizador da proposta ao lado da família Gurgacz.
A abertura contou com a presença de membros das famílias pioneiras e da sociedade local. Para o advogado Alexandre Alves, que participou da ação original com suas filhas, foi um momento único. "Estamos resgatando a história de Ji-Paraná de 31 anos atrás. Isso é muito importante. Precisamos valorizar esse tipo de ação que só enobrece a nossa cidade e mostra que ela tem raízes", destacou.
O ex-senador Acir Gurgacz também participou do evento e sugeriu a criação de uma placa para registrar o fato histórico. "Quero parabenizar o trabalho do Luiz Bernardi e de toda sua família. Graças ao empenho deles, o Lar do Idoso está aqui até hoje", disse.
A empresária Ana Gurgacz revelou que a intenção agora é catalogar todo o conteúdo encontrado, elaborar um resumo e, com apoio de parceiros como a Universidade Federal de Rondônia (UNIR), transformar esse acervo em um livro. "Vai ser muito bacana guardar essa história de forma permanente", afirmou.
Com registros escritos por crianças que hoje são adultos, médicos, professores e profissionais atuantes na cidade, a cápsula do tempo se transforma em um verdadeiro retrato da história de Ji-Paraná - uma ponte entre passado, presente e futuro.
Leandro Pereira/SGC
