Porto Velho (RO)02 de Agosto de 202506:30:26
EDIÇÃO IMPRESSA
Rondônia

Estado autoriza aumento na conta de água com novo reajuste tarifário

Valor do consumo de água poderá até dobrar com o novo aumento


Imagem de Capa

Consumo de água ficará mais caro em Ji-Paraná

PUBLICIDADE

Em meio a uma crise econômica que atinge milhares de famílias rondonienses, o Governo do Estado, via Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Rondônia (Agero), autorizou um novo reajuste na tarifa de água e esgoto da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia (Caerd). A decisão, publicada na Resolução nº 82/2025, permite um aumento de 4,42% nas tarifas, com vigência a partir do último dia 20 de junho.

De acordo com o aval do governo, o reajuste atinge todas as faixas de consumo e categorias de usuários, ou seja, residencial, comercial, industrial e poder público e, chega agregada a forte pressão inflacionária sobre alimentos, combustíveis e serviços básicos.

Para especialistas, a medida reflete a insensibilidade do governo diante das dificuldades da população mais vulnerável. Além da majoração nas tarifas de água, os percentuais cobrados sobre o serviço de esgoto foram mantidos em 43% do valor da água para coleta simples e 70% para coleta com tratamento, onerando ainda mais o bolso do consumidor.

"É injustificável que o governo imponha esse aumento, especialmente sem oferecer em troca um serviço eficiente. Em vários municípios, os moradores convivem com desabastecimento, vazamentos, rede precária e água de má qualidade", criticou um vereador de Ji-Paraná, que preferiu não identificado e que teria solicitado posicionamento oficial da Caerd

A decisão da Agero se ampara na Lei Federal nº 11.445/2007 e no Convênio de Cooperação nº 001/AGERO/2021, mas na prática ignora o cenário social dramático enfrentado por milhares de rondonienses. O aumento foi concedido com base em um pedido da própria CAERD, referente ao período de janeiro de 2023 a abril de 2025 — sem que, nesse mesmo intervalo, a empresa tivesse alcançado melhorias significativas na prestação de seus serviços.

"Mais uma vez, a conta da má gestão é transferida diretamente para a população. O governo de Rondônia prefere sustentar uma estrutura tarifária pesada em vez de revisar contratos, cortar privilégios ou cobrar eficiência da Caerd. Enquanto isso, o trabalhador paga mais caro por um serviço que continua deficiente e distante da universalização", desabafou a consumidora Rosangela Silva.







J Nogueira/PortalSGC

Últimas notícias de Rondônia