Porto Velho (RO)11 de Setembro de 202515:42:28
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Rondônia

Com nova condenação e fora do páreo, Ivo Cassol deve escolher nomes para apoiar ao Senado

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Vergonha mundial

Desde fins de 2023, quando foi definida a realização da COP30 em Belém, há vozes pessimistas afirmando que o Brasil vai passar vergonha diante dos convidados à Conferência. Hoje, quase às vésperas do evento, uma das vergonhas está na revelação de que nove das vinte cidades brasileiras com os piores índices de saneamento básico do país ficam na Amazônia.

Segundo o Instituto Trata Brasil, algumas capitais com políticos e dirigentes orgulhosos e cheios de si, inclusive Belém, ostentam índices deprimentes. Mais importante que listar as cidades mais problemáticas, entretanto, é questionar a que porto leva o país a polarização eleitoral entre líderes suspeitos de crimes diversos e culpados de ostensiva e descarada manipulação midiática.

O saneamento básico é a prioridade nacional - por mais que se fale em "redução da pobreza", a pobreza estará sempre presente enquanto o desafio do saneamento não for enfrentado vitoriosamente, ou seja, cumprir as metas definidas no Novo Marco Legal do Saneamento de proporcionar o acesso à água a 99% da população e tratamento de esgotos a 80%.

Diante da pressão descarada dos EUA sobre o Brasil está mais que na hora de isolar os criadores de intrigas e unir a nação no sentido de criar uma pauta mínima e urgente de problemas a enfrentar, já que falta água potável para mais de 15% da população e esgotos para quase metade dos brasileiros.

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Grande reação

A classe política da região amazônica está reagindo a iniciativa do presidente Luís Inácio Lula a Silva em incluir as hidrovias do Rio Madeira, Rio Tapajós e Rio Tocantins, no Plano Nacional de Privatização. O senador Plinio Valério (PSDB-AM) explicou que a decisão governamental abre espaço para concessões privadas da navegação em trechos estratégicos da região e os parlamentares das bancadas federal do Amazonas, Pará e Rondônia estão se unindo para rejeitar a medida. Lembrando que com a privatização do Rio Madeira vamos ter que pagar pedágio, como este imposto goela abaixo na BR-364. Só faltava a gente pagar pedágio para ir para pescar em Calama e Nazaré!

Geração de empregos

A classe empresarial e as lideranças políticas de Guajará Mirim enfatizam a importância do início das obras da ponte binacional, conectando o Brasil a Bolívia, sobre o Rio Mamoré, na região de fronteira. Conforme os empresários e políticos locais a obra vai gerar milhares de empregos e representa para a Pérola do Mamoré o que representou a construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau em Porto Velho em termos econômicos. Se a comparação valer, que a região se prepare para o ciclo pós-ponte, pois depois do termino das usinas na capital a cidade murchou e milhares de operários se transferiram para outros estados.

Os efeitos da ponte

Acredita-se que com a ponte binacional, fruto especialmente de articulação desenvolvida pelo senador Confúcio Moura (MDB-RO), os efeitos econômicos também serão estendidos ao vizinho município de Nova Mamoré. O Dnitt já comunicou as autoridades dos dois municípios e seus distritos que a mão de obra preferencial será contratada na região de fronteira. Além disto deverão surgir novos hotéis, restaurantes, distribuidoras, lojas de materiais de construção e outras empesas de fornecimento para a empreiteira que ganhou a concorrência para erguer a ponte, uma das mais caras obras do governo Lula nos próximos anos.

Ciclo das usinas

Depois de doze anos da conclusão da Usina Hidrelétrica de Jirau -A usina de Santo Antônio começou a operar antes disto - e o chamado final do ciclo das usinas que impulsionou Porto Velho como um foguete em termos econômicos e demográficos, restaram muitos problemas para serem administrados pelas esferas governamentais. Desde a mobilidade urbana, carências no sistema de abastecimento de água e tratamento de esgoto e uma tremenda desvalorização imobiliária com centenas de famílias deixando a capital rondoniense buscando ocupação em outros estados. Depois de tanto tempo, Porto Velho busca se recuperar, mesmo padecendo ainda com uma bolha imobiliária marcante.

Via Direta

*** As manifestações do Bolsonarismo vão perdendo força nos estados de Rondônia e do Acre considerados até pouco tempo estados expoentes conservadorismo *** Em municípios de porte médio, como Cruzeiro do Sul, no Acre, menos de dez "patriotas" se fizeram presentes na última convocação. Em Rondônia foi necessário levar parentes e funcionários comissionados de políticos para reforçar a minúscula plateia, como foi o caso de Porto Velho *** Com isto a esquerda e a centro-esquerda vislumbram melhores possibilidades nas eleições do ano que vem *** As redes de farmácias Ultra Popular, FTP e Drogasil lideram o ranking de unidades instaladas em Porto Velho. Existem casos de enfrentamento "fuça a fuça", com lojas frente a frente ou instaladas ao lado das concorrentes. É coisa de louco!

Carlos Sperança


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