Porto Velho (RO)03 de Novembro de 202517:48:06
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Rondônia

Reforma do Porto do Cai N’Água fica para 2026 e preocupa comunidades ribeirinhas

DNIT confirma que a concorrência pública para reestruturação da plataforma flutuante será aberta apenas em janeiro de 2026


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Foto/Reprodução: Divulgação/DNIT

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A tão aguardada reforma da plataforma do Porto do Cai N’Água, em Porto Velho, foi novamente adiada. O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) confirmou que a licitação para execução das obras está prevista para o dia 5 de janeiro de 2026, conforme publicação no Diário Oficial da União.

O cronograma foi comunicado oficialmente ao presidente da Associação dos Ferroviários da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (Asfemm), George Telles, após solicitação feita pela entidade. O documento, assinado por Evailton Arantes de Oliveira, chefe do Serviço de Manutenção Aquaviária do DNIT, esclarece que o processo segue os trâmites legais necessários para a retomada da operação da IP4 (Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte) do Cai N’Água.

Demora e impactos na operação

De acordo com George Telles, ajustes contratuais e entraves burocráticos foram os principais motivos para o atraso da execução. A Asfemm chegou a buscar apoio do senador Confúcio Moura (MDB-RO) para tentar acelerar o andamento do processo e viabilizar a liberação do contrato.

"Sem a plataforma, o porto vem operando com muitas dificuldades, o que causa transtornos e atrasos no transporte de cargas e passageiros", afirmou Telles.

A paralisação da estrutura flutuante tem afetado diretamente a logística regional e a mobilidade das comunidades ribeirinhas, que dependem das operações do porto para o transporte e o escoamento de produtos.

Histórico da paralisação

O Porto do Cai N’Água teve suas atividades suspensas em 2022, após laudos técnicos identificarem rachaduras e buracos nas balsas que compõem a plataforma. Um relatório de engenharia naval apontou a necessidade urgente de manutenção devido ao desgaste provocado pelo contato contínuo com a água.

Antes da paralisação, o porto era considerado um ponto estratégico para o transporte fluvial da capital, registrando 365 embarcações, 20 mil toneladas de cargas movimentadas e quase 15 mil passageiros transportados em 2022.

Expectativa para retomada

Os recursos para a obra serão custeados pelo DNIT, órgão vinculado ao Governo Federal. A reestruturação prevê a modernização e ampliação da capacidade operacional da plataforma, com o objetivo de garantir mais segurança e eficiência às operações.

Apesar das expectativas, o novo cronograma indica que as obras só devem começar após a licitação de janeiro de 2026, o que significa que a reativação completa do porto ainda deve demorar.

Portal SGC

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