Porto Velho (RO)26 de Dezembro de 202420:00:44
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RONDÔNIA

POLíTICA & MURUPI

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1.1- O pre$ente de natal para Dom Braguito



Braguinha é um bom companheiro, ninguém pode negar. O expertíssimo senador Eduardo Braga do importante comensal de verbas MDB, está no topo da cadeia alimentar dos sugadores de verbas públicas. Mamou R$67 milhões limpos, legais e imorais, já pagos e na conta. Dom Braga é o recordista de emendas individuais e supera as de bancada, como R$66 milhões de Minas Gerais para assistência hospitalar e ambulatorial, ou R$65 milhões de Santa Catarina para atenção básica à saúde. E não é só: Dom Braguito tem R$1,9 milhão de emenda empenhada pelo "cumpanhêro chefe" por sua fidelidade canina à tchurma da economia. Em 2023 Braga relatou a reforma tributária e agora a regulamentação da reforma. Fosse sacado para o lugar do Haddad e o Veín do 3º andar estaria bem servido, pois foi o Dom Braguito que pintou de rosa o arcabouço fecal marrom do Haddad. Talvez por isso o olhar obsequioso para a Zona Franca de Manaus de onde sai a bufunfa que mantém de pé o milagre eleitoral amazônico. E vamos nós, tudo como soe.

 1.2 Shit: quanto mais mexe mais fede


 


O superministro AMoraes esticou a corda e o tristemente famoso "inquérito do fim do mundo" ganhou mais 6 meses de vida ou morte, a depender do olhar. Não há coincidência ou acaso em política. A prorrogação se dá na semana em que outro Braga, 4 estrelas foi preso por ligações com o 8/1. Não defendo o general, mas se impõe para ele e demais incluídos no tal inquérito, que se cumpram os "devidos processos legais", lembrando a priori que o tal inquérito é um monstrengo criado de ofício. Ex-aluno de direito cujos parcos conhecimentos não se igualam ao de um rábula como o baiano Major Cosme de Farias, valho-me do artigo do Dr. Diego Augusto Oliveira Melo do site Jusbrasil, e recomendo sua leitura integral inclusive dos links que o compõe. Abstendo-me da ilegalidade de origem, creio que se o infortunado inquérito tivesse chegado ao fim, o que parece não estar no radar das onze cabeças coroadas do STF e a página de pacificação política nacional estaria, se não atingida, mas em processo de consecução. Diz Zé de Nana que "m(*)erda quanto mais mexe mais fede" e ao mexer, a imprensa traz a informação de que o evento do dia 8/1 era conhecido das autoridades e que havia sido repassado para as providências de praxe. O fato, todavia, foi relegado e agora, mexendo o lixo, o fato e o mau cheiro voltaram à tona. Está na Gazeta do Povo e eis aqui o link.

1.3- Emenda descosturada




A PF foi à Bahia, botou o acarajé no óleo e tacou fogo. Quer saber o que foi feito com as emendas que ficaram pior que o soneto. Logo de cara 4 enroscados por fraude em licitação e desvio de grana estão atrás das grades e 10 sofrem busca e apreensão. Um golpista - isto é golpe - foi afastado das funções e perdeu bens no total de R$4,7 milhões. É a Operação Overclean atrás dos convênios picaretas firmados a partir de emendas entre empresários e autoridades. E a tendência é que se espraie pelo Brasil, pois o que tem de roubalheira não tá escrito. Na Bahia onde o rombo é de R$1,4 bilhão só no DNocs, 15 baianos já estudam a quadratura do sol desde 10 dezembro e irão provar a diversidade do peru natalino. Por aqui muito se fala, contudo até agora pouco ou nada foi visto. Mas não custa aguardar.

1.4- Enxugando gelo


 


A delegacia especializada Draco2 e a Sedam, tentam mais uma vez desarticular a praga que desmata ilegalmente, rouba madeira, agride o meio ambiente, frauda a ordem tributária e lava dinheiro. Para variar, "madeireiros de araque" fraudavam o SisDOF para esquentar madeira ilegal de APPs e unidades de conservação. No rolo laranjas, empresas de fachada e tudo o que é existe há anos aqui no estado e no Brasil. Tal qual o setor de garimpo, o setor madeireiro carece de legislação que possibilite ao estado atuar na fiscalização - que existe sim - bem como trazer para a legalidade os dois setores incentivando para cumprimento de regras sadias em que o estado seja parceiro, a exemplo do que ocorre no agronegócio da soja, milho, pecuária, etc. Enquanto o estado se dedicar a aplicar multas impagáveis em lugar de obrigar o reflorestamento ou incendiar dragas e motores, em lugar de criar regras e incentivos para as duas atividades, vai continuar com as operações periódicas que na prática são como enxugar gelo. Salvo melhor juízo, chega de pegar os peixinhos. Ganha dinheiro de verdade aquele que financia as atividades. A Lavajato deixou a expertise necessária: "follow the money". É seguir o dinheiro.

02- Ponto final


 


Do oxigenado octagenário, fechando 90 anos em fevereiro próximo, Yves Gandra Martins, advogado, jurista e personalidade proeminente do conservadorismo no Brasil lembrando o diálogo durante a feitura da Carta Magna em 1988 entre ele, Bernardo Cabral e Sydney Sanches: "Fato é que, nem mesmo nas ações diretas por inconstitucionalidade por omissão do Congresso Nacional, pode o Supremo legislar". Fico pensando, quem são quaisquer dos ministros na fila do pão, frente a Bernardo Cabral, Sidney Sanches e Yves Gandra Martins? Quem lhes outorgou poder para reescrever a constituição como se fossem new constituents? Onde esconderam o livro "O Espírito da Leis"? Que corte é essa? Que país é esse?

03- Penúltimo pingo




A avaliação do trabalho do STF derreteu 19% em 2 anos. No fim de 2022, o índice era 31% para "bom" ou "ótimo", caindo em dezembro de 2024 para 12%, enquanto o percentual registrado para "ruim" ou "péssimo" subiu de 31% em junho de 2023, para 43% em dezembro de 2024. Alguma coisa está fora da ordem diria o divino.










Léo Ladeia

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