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Uma nova portaria do Ministério da Educação (MEC) que proíbe cursos de graduação a distância em áreas da saúde, como Medicina, Enfermagem e Psicologia, gerou polêmica ao deixar de fora a Medicina Veterinária. A decisão surpreendeu profissionais da categoria, que defendem que a formação exige prática intensiva e habilidades clínicas.
A Medicina Veterinária é uma das profissões que demandam alto nível técnico, sensibilidade clínica e experiência prática. A atuação envolve não apenas o cuidado com animais, mas também a saúde pública, incluindo prevenção de zoonoses e controle sanitário de alimentos. No entanto, ao contrário de outras áreas da saúde, o MEC manteve a possibilidade de cursos EAD para a formação de médicos-veterinários.
Ana Almeida, presidente do Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), destacou a preocupação com a qualidade do ensino. "A Medicina Veterinária lida diretamente com a saúde coletiva. Uma formação sem a prática necessária coloca em risco tanto os animais quanto a sociedade", afirmou.
Em Rondônia, médicos-veterinários também se manifestaram contra a decisão. Lizandro Araújo, um dos profissionais, ressaltou que "é indispensável a vivência em laboratórios e hospitais veterinários, algo que o EAD não proporciona". Outro veterinário, Magno Michel, alertou para os riscos à saúde pública: "Como garantir um profissional capacitado sem a prática necessária? Isso é um perigo".
O CFMV anunciou que continuará buscando apoio no Congresso Nacional e no Judiciário para barrar a autorização de cursos EAD na área. A categoria defende que a formação presencial é essencial para assegurar a qualidade dos profissionais e a segurança da população.
Portal SGC