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O Ministério Público Federal (MPF) exigiu que as Secretarias de Saúde de Rondônia e Porto Velho detalhassem as medidas de prevenção e combate à febre Oropouche, doença transmitida por mosquitos que já registrou 10.072 casos e quatro mortes no Brasil em 2025. Os sintomas, semelhantes aos da dengue, têm se espalhado devido a uma nova linhagem viral e maior disponibilidade de testes diagnósticos.
Casos em Rondônia
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SESAU), em 2023, houve 2.079 casos suspeitos, com 37 confirmações e nenhum óbito. Em 2024, os números subiram para 5.519 suspeitas e 1.497 confirmações, distribuídos nos 52 municípios do estado, também sem mortes. Até 24 de março de 2025, foram 1.297 casos suspeitos e um confirmado, sem fatalidades.
Capacitação e vigilância
Profissionais de saúde em Rondônia recebem treinamentos frequentes sobre arboviroses urbanas (dengue, chikungunya, zika) e silvestres (Oropouche, febre amarela, mayaro). Marco Antônio Verçoza, médico da Vigilância Epidemiológica, destacou que a detecção da doença melhorou, mas o monitoramento precisa ser contínuo diante do aumento de casos.
Acompanhamento do MPF
Como as secretarias afirmaram ter medidas "em andamento ou aprimoramento", o MPF abriu um procedimento de monitoramento. O procurador da República Raphael Bevilacqua explicou que a ação faz parte de uma estratégia nacional do órgão, já que a febre Oropouche teve crescimento significativo no país.
A doença, pouco conhecida até 2023, agora preocupa autoridades, especialmente em regiões com circulação de mosquitos vetores. Dados do Ministério da Saúde mostram que a notificação de casos passou a ser prioritária para evitar surtos.
Portal SGC