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Na manhã desta terça-feira (16), a prefeita de Guajará-Mirim, Raissa Paes Bento (MDB), foi afastada do cargo pela segunda vez em menos de um ano durante a Operação Suseranos, conduzida pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO) e Polícia Civil do estado. A ação, que também teve desdobramentos em Porto Velho, incluiu 12 mandados de busca e apreensão e três de suspensão de função pública, todos autorizados pelo Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO).
Raissa Bento é investigada por suposta participação em uma organização criminosa envolvendo crimes como fraude em licitações, contratos fraudulentos, corrupção, violação de sigilo funcional e lavagem de dinheiro. As investigações apontam para irregularidades na contratação de serviços, como o fornecimento de combustíveis, no valor de aproximadamente R$ 4.950.067,85, e na reforma do Mercado Municipal, orçada em R$ 1.421.272,04, que estão sob análise por apresentarem inconsistências entre o cronograma de execução e os pagamentos realizados.
Além da prefeita, dois servidores da Câmara Municipal de Guajará-Mirim foram afastados por 120 dias. A operação foi motivada por denúncias de usurpação da função pública pelo esposo de Raissa Bento e outras irregularidades cometidas no âmbito do Poder Executivo municipal.
A Operação Suseranos mobilizou agentes do Departamento de Estratégia e Inteligência (DEI), da Delegacia Especializada em Repressão a Roubos e Furtos (DERF), além dos efetivos do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e Centro de Apoio Operacional de Defesa do Patrimônio Público e Combate à Improbidade Administrativa (CAEX) do MP-RO. O nome da operação remete ao sistema feudal, refletindo a relação de fidelidade e domínio identificada na investigação sobre o grupo em questão.
Este é o segundo afastamento de Raissa Bento em menos de um ano, após a primeira ação judicial durante a Operação Avatar, que investigou crimes como corrupção passiva, associação criminosa e usurpação de função pública. Apesar de ter retornado ao cargo recentemente por decisão judicial, o novo afastamento foi determinado diante das novas evidências levantadas durante a Operação Suseranos.
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