1.1-Desgraça bolivariana
Depois de esticar a corda ao extremo para tentar se perpetuar no poder no comando da Venezuela, Nicolas Maduro que ameaçou mergulhar a nação num banho de sangue caso não vencesse o que ele chama de "eleições", promoveu o espetáculo grotesco de se autoproclamar vencedor do pleito e dobrou a aposta convocando as forças armadas para conter a população que protesta nas ruas pela falta de transparência e legalidade. A máxima que fala sobre a esquerda no poder nunca foi tão didática: "a esquerda só chega ao poder pelo voto, mas jamais deixa o poder pelo voto". A loucura política que se iniciou na Venezuela com Hugo Chaves já fez com que aproximadamente 30% da população deixasse a sua pátria, os seus haveres, seus amores, a sua cultura, os seus parentes e empreendessem uma saída em massa para outros países, às vezes só com a roupa do corpo numa fuga tresloucada.
1.2-O "megalonanico" brasileiro
Quando a farsa eleitoral venezuelana estava pronta, ruídos se ouviram com Sêo Lule dizendo-se assustado com um "banho de sangue" prometido pelo Maduro e recebendo de volta uma farpa, aconselhando aos que estivessem assustados a tomar um chá de camomila, mas a casa da diplomacia brazuka, o Itamaraty, não iria perder a oportunidade de mostrar quão flexível é a sua coluna. Celso Amorim, colecionador de insucessos e fabricante de fracassos, foi encontrar-se com o ditador. Começou ali a aproximação para chancelar a tragédia que se avizinhava. O Brasil busca um caminho para ostensivamente apoiar Maduro mas está difícil. Quase todo o mundo não reconhece a eleição e sobrou para o Nanicovsky a tarefa ainda mais difícil. Conseguir quem aceite na América Latina a empreitada de coonestar a fraude evidente. Para o Brasil e sua diplomacia é mais um daqueles momentos de vergonha. E não é só.
1.3-PT a voz não autorizada do governo brasileiro
Antecipando-se ao Itamaraty e talvez de olho em negócios possíveis com a Venezuela como a cobrança do dinheiro do metrô de Caracas ou o recomeço da construção da Refinaria Abreu Lima - um prejuízo considerável espetado na conta do Brasil por Maduro - a cúpula do PT e puxadinhos se apressou a passar o pano no que o ditador fez e bateu palmas. O PT está feliz e apesar de alguns nomes importantes do partido como foi o caso do Senador Paim, e do recém chegado ao PT, Randolfe, terem manifestado de forma pública contrariedade com a decisão do partido, a porta para que Sêo Lule não ficasse sozinho foi aberta e o "estadista de Garanhuns" falou: "Tem uma briga, como vai resolver essa briga? Apresenta a ata. Se ata tiver dúvida entre oposição e situação, oposição entra com recurso e vai esperar na Justiça tomar o processo. Aí vai ter a decisão, que a gente tem que acatar. Eu estou convencido que é um processo normal, tranquilo. O PT reconheceu. A nota do PT reconhece, é um elogio ao povo venezuelano pelas eleições pacíficas que houveram e, ao mesmo tempo reconhece que o tribunal eleitoral já reconheceu Maduro como vitorioso, a oposição ainda não. Aí tem um processo. Não tem nada de grave, nada de assustador, vejo a imprensa brasileira tratando como se fosse a 3ª Guerra Mundial". Para um bom entendedor Lula é o PT e o PT é Lula. O sapo e a estrela no mar de lama.
1.4-Anão diplomático e vesgo
Primeiro Alckmin foi ao Irã para a posse do presidente Masoud - por que não foi a Janja? - ficando junto a Naim Assem do Hezbollah. Na sequência, Israel atacou Beirute em retaliação ao ataque a que matou jovens jogadores em Golan. Ontem Israel matou Fuad Shukr, o homi do Hezbollah. Aí o Brasil abriu o verbo: "O governo brasileiro condena o ataque aéreo conduzido por Israel em, 30/07, em área residencial de Beirute. O Brasil acompanha com extrema preocupação a escalada de hostilidades entre Israel e o braço armado do partido libanês Hezbollah. A continuidade do ciclo de ataques e retaliações leva a espiral de violência e agressões com danos cada vez maiores, sobretudo às populações civis dos dois países. Desse modo, exorta as autoridades israelenses e o Hezbollah a se absterem de ações que possam expandir o conflito, com consequências imprevisíveis para a estabilidade do Oriente Médio e segurança internacional. O governo brasileiro apela à comunidade internacional para que se valha dos instrumentos diplomáticos à disposição para conter imediatamente o agravamento do conflito." Chamar o Hezbollah de partido é muito pra mim. E Maduro de democrata, idem. Ara...
1.5-Rio de areia com pedágio
O Rio Madeira está bem castigado. Segundo informações de quem analisa ano a ano a sua vazão e faz medições com réguas, é provável que neste ano tenhamos ao menos 35 dias de paralização da atividade de barcos e balsas principalmente em comboios. A imprevidência dos órgãos de manutenção da navegação regular pelo Rio Madeira não proporcionou o necessário trabalho de dragagem e o que quer que venha a ser feito nesse momento não poderá resolver o problema. Os recursos para a dragagem, desobstrução de canais de passagem e dinamitação dos pedrais exigem um esforço além daquele que o país tem. Mas a sanha arrecadatória da União já encontrou o caminho que é a cobrança de pedágio. O projeto está pronto e aprovado e até agora o que se sabe é a cobrança do pedágio irá ocorrer sem que haja contrapartida que impacte favoravelmente empresas que operam no que se convencionou chamar de hidrovia - mentira - e o ribeirinho que usa o rio como estrada e fonte de renda. O Velho Chico passou por isso e dá a lição do que não fazer.
2-Último pingo
Quando se supunha que as escaramuças políticas ficariam entre candidatos, surgiu a novidade: o atual prefeito foi acuado na rua por dois empresários e teve que levar o caso à polícia. Até agora o que se sabe é do inconformismo dos empresários com a licitação da coleta e destinação de resíduos sólidos. Por outro lado um ex-prefeito da capital está sendo acusado de coisa feia. O tema quando envolve menores e famílias é tratado pela justiça com rigor e absoluto sigilo, mas houve vazamentos e viralizou na internet. Não foi o caso.
03-Ponto final
Uma foto vale mais que mil palavras. Quem diria... Geraldo Alckmin, o picolé de chuchu, Opus Dei, cristão católico, um poço de virtudes conhecidas e uma masmorra de pecados completamente escondidos, sentado ao lado do vice-lider do Hezbollah. Alguns indivíduos trabalham a vida inteira zelando por sua reputação. Outras, políticos ou não se incomodam. Voltam à cena do crime, cantam a internacional socialista, usam o boné do MST, rezam o credo ao contrário, não escolhem até porque não podem, a cadeira onde irão sentar e nem o companheiro ao lado e ai "ZERAM" sua reputação. Alckmin é o caso.
Léo Ladeia