Porto Velho (RO)16 de Julho de 202401:30:24
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Colunas | Carlos Sperança

Retardando a batalha: estratégias dos favoritos na corrida eleitoral em Porto Velho

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Atraso e prejuízos

As bolhas "ideológicas" são dão alegrias aos adeptos mais alheios à realidade, que se divertem insultando inimigos. Para a sociedade, funcionam como freios do desenvolvimento, elementos paralisantes que desunem e prejudicam a maioria. Copiar a briga entre liberais e conservadores dos EUA, país poderoso em risco de enfraquecer por divisão interna, apresenta um resultado perverso: a manutenção do atraso brasileiro, ameaçando alcançar até seu setor mais evoluído - o agronegócio.

Neste 2024 se completam 30 anos da vitória do setor agropecuário sobre os efeitos perniciosos da ditadura 1964-1985. Depois de longa luta, os produtores conseguiram renegociar suas dívidas, conseguindo 25 anos de prazo e pagamento vinculado ao preço mínimo do milho, permitindo ao setor se tecnificar e obter maior produtividade. Não é aceitável que três décadas depois o Brasil ainda sofra prejuízos por conta de descuidos estruturais que atrapalham a busca pela máxima eficiência.

As perdas e a continuidade do atraso do país se devem à desunião interna. Enquanto as bolhas desunem, o Brasil que produz, só em 2020, devido a estradas não pavimentadas ou precárias, perdeu R$ 5 bilhões, segundo dados da Esalq-USP. Montanha de dinheiro, tem o tamanho da operação Brasil-França para coletar investimentos em projetos de economia sustentável na Amazônia brasileira e Guiana Francesa.

Retardando a batalha

Os dois grandes favoritos para disputar o segundo turno das eleições em Porto Velho estão retardando a entrada em campo. Existem bons motivos para a medida, o principal deles é evitar lambadas dos adversários. Neste momento os marqueteiros adversários já buscam os pontos fracos dos dois postulantes para lascar a pua, já a partir das convenções partidárias, que começam no mês de julho. Se Mariana Carvalho e Leo Moraes não tiverem defeitos, eles serão criados, para ver se cola no eleitorado. Mas em Porto Velho, quando se trata da bola da vez, nem denuncia verdadeira cola.

Esquerda unida?

Se a fogueira de vaidades não for apagada, a coalizão de esquerda, que unifica no mesmo palanque o PT e a Federação Brasil Esperança (que ainda tem o PC do B e o Partido Verde), liderados pela ex-senadora Fátima Cleide, a Federação Rede/PSOL, tendo na cabeça Samuel Costa, o PSB de Vinicius Miguel, o PDT de Célio Lopes, vai encarar de frente as poderosas candidaturas bolsonaristas de Mariana Carvalho (União Brasil) e Leo Moraes (Podemos). Uma possível terceira via interessante pode surgir ao eleitorado que tem Euma Tourinho (MBD) na centro-direita já criando asas.

Repassando prestígio

Pergunta-se neste cenário da disputa da prefeitura de Porto Velho até onde o atual prefeito Hildon Chaves (PSDB) consegue repassar sua popularidade a sua ungida, a ex-deputada federal Mariana Carvalho. Da sua grande aceitação não se discute e nem a cheia na Vila Sapo (Três Maria/Fortaleza) abalou sua reputação. Lembro que ele conseguiu passar seu prestigio para sua esposa, a primeira dama Ieda Chaves, eleita uma das mais votadas no pleito de 2022. A ALE-RO. Para mariana ele tem dificuldades.

Pesquisas honestas

Em pesquisas mais integras e não aquelas elaboradas costumeiramente para agradar os políticos, poderá ser constatada a rejeição da candidata do União Brasil perante evangélicos, de que o governo de Rondônia está rachado no apoio da sua candidatura, que a rasteira aplicada por tucanos, Expedito e os irmão Carvalhos em Fernando Máximo pegou mal, que ela tem dificuldades de engrenar no eleitorado mais conservador, e pode enfrentar alguns tropeços no eleitorado feminino.

Grande virada

A decisão do ex-prefeito de Ji-Paraná, Jesualdo Pires (PSB) em disputar a eleição ao Palácio Urupá, cujo alcaide teve em dois mandatos um dos melhores desempenhos como gestor no estado, lembrando bons prefeitos como Melki (Vilhena), Divino (Cacoal), Amorim(Ariquemes), Bianco (Ji-Paraná), Chiquilito (Porto Velho), Confúcio (Ariquemes), Garçon (Candeias), Lucia Tereza (Espigão), pode virar de cabeça para baixo o pleito em Ji-Paraná, segundo maior colégio eleitoral do estado. Vamos ver nas convenções de julho se ele entra na parada para valer. É um nome já consagrado nas urnas.

Via Direta

* A Flor de Maracujá, evento junino já tradicional em Porto Velho, que começa nesta sexta-feira, será um prato cheio para os políticos que disputam cargos eletivos em outubro na capital. Vão distribuir afagos, beijos e abraços a vontade com o bico doce, na caça ao eleitorado **A direção nacional do Dnitt prometeu as lideranças acreanas durante a semana, a reconstrução da BR 364, entre Rio Branco até Cruzeiro do Sul, na divisa com o Amazonas ** É um trecho quase equivalente entre Porto Velho a Vilhena, em Rondônia*** E lá ninguém fala em privatização e pedagiamento na rodovia federal, como se trama por aqui...

Carlos Sperança

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