Conspiração do Atlântico
A Amoc não é uma dessas tradicionais entidades que discutem comércio ou fazem o lobby de algum setor da sociedade para pressionar o governo. É a Atlantic Meridional Overturning Circulation, a circulação invertida do Oceano Atlântico, que de alguma forma tem a ver com o comércio e com pressões sobre o governo. É uma regulação natural que aquece a friagem e esfria o calorão das águas oceânicas. Mas quando ela sofre mudanças em seu ciclo natural a consequência se reflete no sistema climático na forma de secas, alterações nos padrões de vento e elevação do nível do mar em algumas regiões.
Há sinais de que a regulação da Amoc está enfraquecendo, a julgar por pesquisa publicada na revista Nature Communications por cientistas do Brasil, Alemanha e Suíça. A causa seria o aquecimento global, aquele que os negacionistas do clima desprezavam, alegando que ele se autorregulava, sem a necessidade de providências humanas para enfrentá-lo.
O resultado do enfraquecimento seria impactar negativamente o clima de diferentes regiões tropicais, incluindo a Amazônia, que pode enfrentar uma redução significativa no regime de chuvas. Os negacionistas têm direito à defesa e podem alegar que anunciar hoje um enfraquecimento da Amoc amanhã é apenas futurologia. Como os cientistas se baseiam em causas já presentes que sinalizam essa consequência, é bom prestar atenção ao que dizem.
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Dinheiro na conta
Os 5,5 mil municípios brasileiros receberam nesta terça-feira (30) em suas contas cerca de R$ 4,6 bilhões, recursos provenientes do Fundo de Participação dos Municípios-FPM. Em Rondônia não existe nenhum município com bloqueio motivado por pendências fiscais e a capital Porto Velho, como sempre, fica com a fatia do leão, já que os recursos são destinados proporcionalmente as suas respectivas populações nos estados. Os prefeitos rondonienses reclamam que são quase os mesmos valores liberados no ano passado e aqueles que perderam habitantes, conforme as estimativas do IBGE, acabam ficando no prejuízo.
Via Direta
*** A Nex Air, empresa peruana de aviação, estuda um voo Rio Branco, Porto Velho a Cuiabá. As negociações seguem entre a empresa com o governo acreano *** A empresa também estuda voos de cargas para Manaus transportando frutas, além de movimentar os aeroportos de Rio Branco e Cruzeiro do Sul *** Os senadores Plinio Valério (PSDB-AM) e Damares Alves (Republicanos -DF) cumpriram diligência externa do Senado em audiências nos municípios de Humaitá e Manicoré no final de semana para investigar as operações policiais ocorridas nos garimpos do Rio Madeira *** Os parlamentares entendem que houve exageros nas operações.
Carlos Sperança