A sanção da nova lei que aumenta as penas para o feminicídio e crimes contra mulheres pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva representa um marco significativo na luta contra a violência de gênero no Brasil. Esta medida legislativa reforça o compromisso do país com a proteção das mulheres e envia uma mensagem clara de que a sociedade brasileira não tolerará mais a impunidade em casos de violência extrema contra o sexo feminino. O aumento da pena mínima de 12 para 20 anos e da máxima de 30 para 40 anos para casos de feminicídio demonstra a seriedade com que o Estado brasileiro está tratando esse crime hediondo. Esta mudança reflete uma compreensão mais profunda da gravidade do feminicídio e seu impacto devastador não apenas nas vítimas, mas em suas famílias e na sociedade como um todo.
Além disso, a nova legislação reconhece circunstâncias agravantes, aumentando a pena em um terço quando a vítima está grávida, no pós-parto recente, é menor de 14 anos ou maior de 60, ou quando o crime é cometido na presença de familiares próximos. Essas provisões demonstram uma abordagem mais nuançada e compreensiva da complexidade dos crimes contra mulheres, reconhecendo a vulnerabilidade adicional em certas situações e o trauma estendido que afeta os entes queridos das vítimas. É importante ressaltar que o endurecimento das penas não é uma solução isolada, mas parte de um esforço mais amplo para combater a violência de gênero. Esta lei deve ser vista como um componente de uma estratégia abrangente que inclui educação, prevenção, apoio às vítimas e mudança cultural.
A nova legislação também serve como um poderoso instrumento de dissuasão. Ao elevar significativamente as consequências legais do feminicídio, espera-se que potenciais agressores pensem duas vezes antes de cometer tais atos de violência. Isso pode contribuir para uma redução nos casos de feminicídio e violência doméstica no longo prazo. Além disso, o aumento das penas reflete uma mudança na percepção social desses crimes. Ele sinaliza que a sociedade brasileira está cada vez menos tolerante com a violência contra as mulheres e mais determinada a garantir justiça para as vítimas e suas famílias. No entanto, é necessário que a implementação desta lei seja acompanhada de medidas complementares. Isso inclui o fortalecimento dos sistemas de apoio às vítimas, treinamento adequado para profissionais do sistema de Justiça e forças policiais, e campanhas de conscientização pública para abordar as raízes culturais da violência de gênero.
Diário da Amazônia