Porto Velho (RO)06 de Novembro de 202518:10:14
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Pai confessa ter asfixiado filho autista para não pagar pensão de R$ 1.800

O crime ocorreu após o pai ter viajado de Florianópolis (SC) para João Pessoa com o pretexto de restabelecer a convivência com a criança


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Pai confessa ter asfixiado filho autista para não pagar pensão de R$ 1.800

Montagem D24AM Divulgação Policia Civil e Redes Sociais

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O pai do menino Davi Piazza Pinto, de 11 anos, que era autista e tinha deficiência visual, confessou à Polícia Civil que matou o próprio filho por asfixia para se livrar da obrigação de pagar pensão alimentícia. O crime ocorreu após o pai ter viajado de Florianópolis (SC) para João Pessoa com o pretexto de restabelecer a convivência com a criança.

Em depoimento à Polícia Civil de Santa Catarina (cujos autos foram recebidos pela PC da Paraíba), o pai confessou ter cometido o assassinato.

"Segundo ele, estava apertado financeiramente, pagava religiosamente todo mês, em torno de R$ 1.800,00 de pensão, e decidiu vir pra cá pra matar a criança, pra se livrar dessa dívida. Uma motivação totalmente fútil", afirmou o delegado Bruno Germano.

O suspeito confessou à Polícia Militar ter matado o filho por asfixia em um apartamento. O laudo pericial, divulgado nesta terça-feira (4), comprovou que a causa da morte foi, de fato, a asfixia. O corpo da criança foi levado pelo pai até um terreno baldio, no bairro Colinas do Sul.

A Polícia Civil agora investiga se Davi Piazza Pinto utilizou um carro de aplicativo para transportar o corpo do filho até a área de mata.

Aline Lorena, mãe de Davi, expressou sua profunda dor e descrença durante o enterro do menino, no Cemitério do Cristo Redentor. Ela lamentou ter concordado com a aproximação do pai, que havia pedido para restabelecer o contato com a criança, com quem tinha pouco convívio.

Aline relatou que tomou todos os cuidados, explicando ao pai as necessidades especiais do filho:

"Tudo foi muito combinado. Arrumei a roupinha dele, falei: ‘ele vai viajar com tal roupa, tem o fonezinho abafador, como ele é uma criança autista, pode ser que ele se irrite no caminho, mas me avisa…’ Não passava pela minha cabeça o que ia acontecer. Não tem justificativa", desabafou Aline.

Ela destacou o quanto batalharam pela vida do filho, que nasceu prematuro. "O Arthur foi uma criança incrível, nasceu de 5 meses, 800 gramas. A gente batalhou a vida inteira por ele. O que aconteceu só cabe à Justiça agora", concluiu.


d24am

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