Porto Velho (RO)29 de Dezembro de 202515:32:17
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Vídeo: Novo salário mínimo de R$ 1.621 entra em vigor em janeiro e deve injetar R$ 81,7 bilhões na economia

Valor do piso nacional afeta renda, consumo, arrecadação e despesas da Previdência Social em 2025 e 2026.


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portal SGC

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 O novo salário mínimo de R$ 1.621, previsto para entrar em vigor em 1º de janeiro e começar a ser pago em fevereiro, deve injetar R$ 81,7 bilhões na economia brasileira, segundo estimativa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O cálculo considera os efeitos sobre renda, consumo e arrecadação, mesmo em um cenário de restrições fiscais mais rígidas.

De acordo com o Dieese, cerca de 61,9 milhões de brasileiros terão rendimentos diretamente influenciados pelo novo piso salarial. Desse total, 29,3 milhões são aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); 17,7 milhões são empregados formais; 10,7 milhões, trabalhadores autônomos; 3,9 milhões, empregados domésticos; além de 383 mil empregadores.

O governo federal avalia que o reajuste do salário mínimo impacta diretamente o orçamento público, com efeito estimado em mais de R$ 43,5 milhões. Para 2026, a previsão é de um aumento de R$ 39,1 bilhões nas despesas da Previdência Social. Atualmente, 46% dos gastos previdenciários são diretamente afetados pelo valor do salário mínimo, e 70,8% dos beneficiários da Previdência recebem benefícios vinculados ao piso nacional.

O reajuste segue a Lei nº 14.663, de agosto de 2023, que estabelece a correção anual do salário mínimo com base em dois fatores: a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano anterior e o crescimento do PIB de dois anos antes.

No entanto, o cálculo para 2026 será parcialmente limitado pelo novo arcabouço fiscal, definido pela Lei Complementar nº 200/2023, que impõe um teto para o crescimento real das despesas da União. Com isso, será considerada integralmente a inflação medida pelo INPC, que acumula 4,18%, referente ao período de dezembro do ano passado a novembro deste ano.

Segundo especialistas, o principal desafio do governo será equilibrar os efeitos positivos do aumento do salário mínimo sobre a renda da população com o controle das despesas obrigatórias do orçamento público.


Pedro Silva


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