Porto Velho (RO)07 de Junho de 202501:23:00
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Diário da Amazônia

O "Junho Vermelho" precisa de mais vozes e braços

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No mês de junho, Rondônia se veste de vermelho não por modismo, mas por um chamado à solidariedade que pode literalmente salvar vidas. A campanha Junho Vermelho, organizada pela Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Rondônia (Fhemeron), é mais do que uma mobilização institucional — é um apelo à consciência coletiva.

Num estado com longas distâncias e desafios estruturais no sistema de saúde, manter os estoques de sangue em níveis seguros é uma missão permanente. Ações como as coletas externas em cidades como Urupá, a parceria com o Ministério Público, instituições religiosas e universidades são provas de que quando o poder público se articula com a sociedade civil, o resultado é mais vida e mais esperança.

Mas o que ainda falta para que mais rondonienses estendam o braço e abracem essa causa?

A resposta talvez esteja no desinteresse ou na desinformação. Mesmo com campanhas anuais, muitos ainda acreditam que doar sangue é algo complicado, demorado ou restrito a quem está em perfeito estado físico — mitos que precisam ser desfeitos com urgência. A verdade é que o processo é seguro, rápido e pode ser feito por qualquer pessoa saudável entre 16 e 69 anos.

Além disso, é preciso encarar a doação de sangue como um dever cidadão, tal como votar, pagar impostos ou respeitar as leis. Quando um paciente sofre um acidente, enfrenta uma cirurgia ou depende de transfusões contínuas, ele não precisa apenas de médicos e medicamentos — ele precisa do sangue de alguém que decidiu, voluntariamente, fazer o bem.

A campanha deste ano tem um cronograma robusto, com ações em várias datas ao longo do mês, culminando no Dia Mundial do Doador Voluntário de Sangue (14 de junho). A expectativa da Fhemeron é de ampliar significativamente o número de bolsas coletadas. E essa expectativa só será realidade se cada um de nós fizer sua parte.

O apelo, portanto, é simples: doe sangue. Doe vida. Doe empatia. Em tempos de tanta divisão e indiferença, esse é um gesto que nos une e nos humaniza.

Fernando Pereira

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