Porto Velho (RO)31 de Julho de 202511:16:23
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Diário da Amazônia

Com o presidente Lula subindo nas pesquisas, os petista rondonienses começam a se animar para 2026

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A boiada venceu

A "boiada" passando as alterações nas regras de licenciamento ambiental por arrasadores 267 votos a 116 é mais um passo rumo ao parlamentarismo - ou ao menos ao semipresidencialismo, sistema no qual o Congresso tem um peso mais importante que apenas debater, aprovar ou rejeitar as iniciativas do Executivo. É natural que o presidente Lula se incomode com isso - e o ex-presidente Jair Bolsonaro também se queixava de que o Brasil é "ingovernável fora de conchavos políticos".

Nesse caso, Lula errou em achar que poderia repetir seus bem-sucedidos primeiros governos, quando chegou a ter mais de 80% de aprovação. Bolsonaro estava certo e por isso dedicou o mandato mais ao populismo das motociatas que se empenhando em aprovar propostas no Legislativo. A boiada já poda as asas dos presidentes desde o impeachment de Dilma. Eles têm o poder de veto, mas se realmente quiserem passar algo terão que contar com o apoio dos presidentes do Senado e da Câmara.

Aliás, o projeto aprovado não deve ter veto total, que seria derrubado pela grande maioria que o aprovou. No máximo resta algum veto parcial a ser penosamente negociado, talvez à custa de uma generosa liberação de recursos para as famintas bases de dezenas de legisladores mais propensos a aceitar negociações. Não há como derrubar Lula por impeachment, mas sua antiga capacidade de iniciativa, definitivamente, subiu no telhado.

Nosso canibalismo

Ao longo do tempo a canibalização política tem causado estragos na representatividade em importantes municípios rondonienses. O Cone Sul do estado, com um eleitorado menor do que das outras regiões, está lançando demasiadas candidaturas para a Câmara dos Deputados, onde as chances maiores residem no ex-deputado federal Natan Donadon (Vilhena) e o estadual Ezequiel Neiva (Cerejeiras). Na região central, onde as chances maiores seriam para as eleições do ex-prefeito Jesualdo Pires e do atual deputado estadual Laerte Gomes, lista-se quase vinte candidaturas, fragmentando o eleitorado e prejudicando as postulações mais exequíveis.

Polos regionais

Graças ao divisionismo dos principais polos regionais do estado esta canibalização prejudica os polos de Porto Velho, Ariquemes, Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e Vilhena, os pequenos municípios, com eleitorados inferiores tem emplacado deputados estaduais. Alguns casos, para lembrar: Maurão de Carvalho, onde Ministro Andreazza se uniu em torno do seu nome, com um dos menores eleitorados do estado. Cacaulândia, igualmente minúscula, emplacou Adelino Follador. Temos São Felipe, com Só na Bença e municípios de médio forte, como Machadinho do Oeste, projetou lideranças do quilate de Neodi Carlos. O que dizer de Garçon, de Candeias, eleito deputado federal? Como se vê a união política nos pequenos municípios faz a diferença.

Pobres idosos

Com o exponencial aumento do número de idosos no País, boa parte já necessitando de mais cuidados e até da contratação de cuidadores profissionais, os velhinhos a cada dia enfrentam novos desafios na sua existência. Desde golpes que ocorrem pelos celulares, aos aplicados por filhos e netos no confisco de suas aposentadorias, quando não são expulsos de casa, ou até assassinados pelos filhos e netos. Não bastasse, ainda tem as farmácias rapinando seus parcos recursos. Alguns grupos farmacêuticos têm verdadeiras máfias instaladas no País para explorar os idosos. Uma situação preocupante numa humanidade cada vez mais sem escrúpulos,

Via Direta

*** Os principais rios da Amazônia se transformaram em corredores do narcotráfico comandado pelos carteis bolivianos, peruanos e colombianos *** Não bastassem toneladas de drogas apreendidas, a população passou a conviver ainda com as ações dos piratas da Amazônia, roubando cargas de eletrônicos, de soja e até de barcaças com gasolina *** Uma situação cada vez mais aflitiva, somando-se os garimpos clandestinos com criminalidade crescente *** Trocando de focinho de porco para tomada, é de causar perplexidade a falta de água para abastecer uma população como a de Porto Velho, as margens de um dos maiores rios do planeta *** E a capital rondoniense também é uma campeã nacional de desperdício do precioso líquido.


Carlos Sperança

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