Porto Velho (RO)22 de Agosto de 202517:13:49
EDIÇÃO IMPRESSA
Diário da Amazônia

Ao golpear o Brasil, Trump tenta criar um quintal obediente aos seus propósitos

Confira a coluna


Imagem de Capa

Foto: Reprodução

PUBLICIDADE

Unir e resistir

O Brasil está sob ataque dos EUA. Ao golpear o Estado brasileiro, o presidente Donald Trump tenta criar um quintal obediente aos seus propósitos de se salvar da ruína que se anuncia por seu imenso endividamento. Se o presidente Lula da Silva abrir mão de ser apenas um militante partidário e unir as forças sociais não contaminadas pelas bolhas radicais conseguirá afirmar a resiliência do Brasil, fazendo-o resistir com sucesso ao projeto de Trump, como já fazem o Canadá e o México.

O Brasil é uma democracia plena, tem vocação para cultivar e manter clientes e fará tudo para não perder os compradores americanos, mas ao ser atacado sente o resgate do nacionalismo, que andava amortecido por conta da globalização. Esta, agora, foi interrompida pelos ataques tarifários dos EUA e só poderá se recompor de forma saudável e equilibrada quando o mundo se ajeitar novamente e definir os limites da multipolaridade, o arranjo no qual o papel de cada país será redefinido.

A paralisia da globalização causa forte pressão sobre a Amazônia, compartilhada por nove nações latino-americanas, nem todas com a mesma força de resistência do Brasil. É hora de arquivar divergências, pois as ideologias estão mortas e é urgente o fortalecimento mútuo. Pelos ataques que a COP30 sofre já é visível que a Amazônia também está sob um tipo especial de ataque - aquele que se aproveita das divergências para reinar.

Tudo acertado

O União Brasil e o Partido Progressista formaram a Federação "União Progressista". Pelos acordos firmados pelos presidentes nacionais dos partidos Antônio Ueda e Ciro Nogueira, cada legenda poderá ter o seu próprio candidato ao governo de Rondônia e nas disputas das duas cadeiras ao Senado. O União Brasil já abençoou a candidatura do vice-governador Sergio Gonçalves ao Palácio Rio Madeira e o atual governador Marcos Rocha ao Senado. O PP está à espera da definição do ex-governador Ivo Cassol, e ele sendo liberado será o postulante ao governo estadual do partido.

O perde e ganha

No perde e ganha dos possíveis candidatos mais conservadores entrando em cena, todos perdem. Imaginem, Porto Velho com um eleitorado de 350 mil eleitores, lançando três candidatos ao governo estadual, que são Sergio Gonçalves, Hildon Chaves e Fernando Máximo, contra dois do interior, o senador Confúcio Moura (MDB) e o prefeito de Cacoal (Adailton Fúria), sendo que o interior conta com quase um milhão de eleitores e é bairrista com relação aos seus postulantes. Falo de dois candidatos no interior porque Ivo Cassol (PP) está barrado pela justiça eleitoral e inelegível.

Mais evidências

Também concorre para a desconfiança e o "amarelamento" do ex-prefeito, o fato de que o vice-governador Sergio Gonçalves (União Brasil), o senador Confúcio Moura (MDB) e o prefeito de Cacoal Adailton Fúria (PSD) já estão no trecho, formatando suas nominatas a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados, já contando com seus postulantes ao Senado, e Hildão ainda quase nu com a mão no bolso. As adesões de possíveis candidatos a Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados a sua campanha são ínfimas, não enchem uma Kombi. Sua esposa, a deputada estadual Ieda Chaves permanece no União Brasil, assim como aliados como o deputado federal Mauricio Carvalho e a sua mana Mariana, ex-deputada, desconfiados com o projeto tucano

Fica explicado

Está claramente explicado porque milhares de imóveis comerciais e residenciais em Porto Velho foram colocados à venda, numa situação de bolha, causando muita desvalorização. Ocorre que no ciclo pós usinas, Porto Velho a exemplo de cidades que abrigaram a construção de usinas hidrelétricas, cito o caso de Foz do Iguaçu, no Paraná, com a gigantesca Itaipu e Belo Monte em Altamira, no Estado do Pará, perderam contingentes humanos para outras regiões. E isto também está ocorrendo na capital rondoniense com migração de moradores para o Paraná e Santa Catarina. No caso de Porto Velho também para João Pessoa, na Paraíba experimentando um fenomenal progresso nos últimos anos.

Pescadores fantasmas

A região amazônica tem fartura de pilantragens. Em alguns estados, por exemplo, existe infestação de funcionários fantasmas em órgãos públicos, alguns até com garotas de programa trabalhando nos gabinetes, o que é considerado justo pelos políticos, já que são seus cabos eleitorais. Rondônia volta e meia padece com o mesmo problema O vizinho Acre identificou uma explosão de casos de pescadores fantasmas recebendo recursos do defeso, aquele mecanismo governamental que protege as famílias dos pescadores durante o período de proteção da reprodução dos pescados. É coisa de louco!

Via Direta

*** Com o eleitorado rondoniense ressabiado com seus representantes - é golpes para todos os lados - deverá aumentar geometricamente o índice de evasão dos eleitores nas urnas, o que diga-se de passagem só tem aumentado nas últimas eleições *** Com tantos prefeitos flagrados e até filmados em contratos superfaturados com empreiteiras, deputados e vereadores com suas rachadinhas até nos recursos das emendas parlamentares de deputados estaduais, federais e senadores, o eleitor ainda tem este drama da polarização pela frente *** Atualmente existem até golpes nas feiras agropecuárias com parlamentares e prefeitos dividindo o butim nas contratações de cantores sertanejos com valores superfaturados.




Carlos Sperança

Últimas notícias de Diário da Amazônia