Paulo Henrique
Dajna é mãe da Alinne, de 13 anos, e da Alice, de 10. A rotina começa cedo, às 6h da manhã, e entre preparar o lanche e levar as meninas para a escola, ela já inicia o dia conciliando os papéis de mãe e empresária. Proprietária de uma empresa formada exclusivamente por mulheres, ela decidiu empreender justamente para ter mais flexibilidade e presença na vida das filhas.
"O meu dia sempre começa muito cedo. Organizamos tudo, saímos juntas e deixo as meninas na escola. Esse momento no carro é nosso. A gente conversa, se conecta. Nem sempre tudo sai como planejado, mas aprendi a não me cobrar tanto. A maternidade nos ensina isso", conta Dajna.
Mesmo com a empresa em expansão, ela faz questão de acompanhar de perto a rotina das filhas. Das atividades extracurriculares aos momentos de lazer. "A maior parte dos dias funciona. Nos que não funcionam, sigo aprendendo a equilibrar e entender meus limites", afirma.
Já Joize Aguiar optou por um caminho completamente diferente. Após quase 20 anos de carreira executiva, ela decidiu parar tudo para viver integralmente a maternidade. A decisão veio após um momento difícil, sua primeira filha faleceu dois dias após o nascimento, e, por muitos anos, ela acreditou que não poderia mais engravidar.
Com a chegada de Heitor, hoje com 6 anos, ela escolheu viver o sonho da maternidade de forma completa. "Quando recebi a notícia da gravidez, senti que ganhei um presente. Decidi me dedicar totalmente a ele", lembra. "Troquei reuniões por tarefas escolares, metas por afeto. Hoje, minha vida gira em torno da rotina do meu filho."
Joize organiza o dia inteiro do filho, do café da manhã ao momento de dormir. Também participa de ações voluntárias com jovens na igreja. "É uma relação muito próxima. Ele é muito grudado comigo. A gente conversa, joga, troca ideias. Sou mãe, mas também sou amiga."
As duas trajetórias mostram formas diferentes de viver a maternidade, conciliando o trabalho ou abrindo mão dele temporariamente. Mas nas duas histórias, o ponto comum é a transformação que a chegada dos filhos provocou.
Karol Santos - Portal SGC