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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma nova diretriz de imigração que proíbe totalmente a entrada de viajantes de 12 países e impõe restrições parciais a outros sete, sob a justificativa de proteger o país contra ameaças à segurança nacional, como o terrorismo. A medida, revelada pela CBS News nesta quinta-feira (5), faz parte de uma nova fase de endurecimento das políticas migratórias no segundo mandato do republicano.
A partir de 9 de junho, estará proibida a entrada de cidadãos dos seguintes países: Afeganistão, Mianmar, Chade, Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen. Já os viajantes de Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turcomenistão e Venezuela enfrentarão restrições parciais, cujos detalhes ainda não foram especificados.
"Não permitiremos que entrem em nosso país pessoas que queiram nos fazer mal", declarou Trump em vídeo publicado na plataforma X (antigo Twitter). O presidente afirmou que a lista poderá ser revista a qualquer momento, com a possibilidade de inclusão de novos países.
De acordo com a Casa Branca, os critérios para a proibição envolvem a presença de grupos terroristas, falta de cooperação com os EUA na segurança de vistos, incapacidade de verificar identidades dos viajantes, falhas nos registros criminais e altas taxas de permanência ilegal.
Trump citou como justificativa recente o ataque ocorrido no último domingo (2), em Boulder, Colorado, onde Mohamed Sabry Soliman, cidadão egípcio, jogou uma bomba incendiária em uma manifestação pró-Israel. Ele estava com o visto de turista vencido e autorização de trabalho expirada, embora o Egito não esteja na lista de países com restrições.
Essa nova diretriz é vista como uma extensão da política polêmica adotada por Trump em seu primeiro mandato, quando vetou a entrada de viajantes de sete países de maioria muçulmana, medida que foi criticada internacionalmente, mas acabou validada pela Suprema Corte dos EUA em 2018. O sucessor democrata, Joe Biden, revogou a antiga proibição em 2021, classificando-a como "uma mancha na consciência nacional".
Trump reforçou que a política atual é "necessária para garantir que os EUA saibam exatamente quem está entrando em seu território" e disse que a segurança dos americanos continuará sendo prioridade absoluta de seu governo. Vistos emitidos antes de 9 de junho não serão afetados pela nova regra.
Karol Santos - Portal SGC