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Autoridades brasileiras participaram hoje de nova reunião da UNFCCC, Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, para responder a críticas e questionamentos sobre problemas envolvendo a cidade-sede da COP30, marcada para novembro em Belém.
Durante a reunião, foi anunciada a criação de uma força-tarefa conjunta envolvendo integrantes da Secretaria Extraordinária de COP30 do governo federal, da presidência da COP30 e dos ministérios do Turismo, das Relações Exteriores e do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
"Hoje ficou claro que a COP30 será em Belém. E essa força-tarefa começa dando atendimento aos 72 países que fazem parte de dois grupos que têm menos recursos, nas classificações da ONU. Faremos um diálogo direto com esses países para assegurar que confirmem suas reservas tão logo quanto possível", disse André Corrêa do Lago, presidente da COP30.
Subsídio em hospedagens negado
Segundo divulgado em coletiva de imprensa após a reunião, o Brasil negou um pedido de autoridades da ONU para contribuir com um subsídio no valor das hospedagens.
"O governo brasileiro já está arcando com custos significativos para a realização da COP, então, por isso, não há como subsidiar delegações de países e, inclusive, delegações de países que são mais ricos que o Brasil", afirmou a secretária-executiva da Casa Civil, Miriam Belchior.
"Não cabe, do nosso ponto de vista, do governo brasileiro, não cabe aos brasileiros fazer subsídios a outros países. Reafirmamos também nosso apoio para que a ONU use o auxílio que eles já dão aos países mais pobres com o mesmo valor que eles já dão em outras cidades brasileiras", completou a secretária.
O governo brasileiro confirmou que, até o momento, 39 países já concluíram as reservas de acomodação pela plataforma oficial e mais oito nações confirmaram a vinda negociando hospedagem de forma direta com hotéis. A expectativa é que as mais de 190 delegações, que manifestaram o interesse em participar da conferência, de fato consigam comparecer em Belém.
Intervenções no setor privado
As autoridades brasileiras também explicaram à ONU e às demais partes envolvidas na COP que existe, na legislação do país, um limite de intervenção no setor privado, que está sendo respeitado. E que, por isso, não é possível forçar uma diminuição de preços.
"Em um país da nossa característica de democracia, que tem regras de mercado, não é possível intervir, mas atuamos de acordo com a legislação. O que foi feito, no começo de junho, foi abrir um processo administrativo para apurar possíveis abusos", disse o secretário extraordinário para a COP30, Valter Correia.
CNN