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Os Estados Unidos enviaram uma frota naval para o sul do Caribe como parte de uma operação contra cartéis de drogas latino-americanos. A movimentação militar inclui três destroyers equipados com mísseis guiados e três navios com capacidade de desembarque anfíbio, transportando um total de 4.500 militares, dos quais 2.200 são fuzileiros navais.
Em resposta à ação americana, Nicolás Maduro mobilizou a milícia venezuelana, convocando seus integrantes para se reunirem em quartéis e bases militares durante o fim de semana. A milícia, criada em 2005 durante o governo de Hugo Chávez, é composta por voluntários com treinamento militar básico.
Tensões diplomáticas e narcotráfico
A movimentação militar americana está relacionada a acusações contra Maduro, apontado como líder do Cartel dos Sóis, uma organização criminosa que supostamente facilita a exportação de toneladas de cocaína para os Estados Unidos.
A presença de navios com capacidade de desembarque anfíbio aumenta a percepção de ameaça, pois possibilita eventuais operações terrestres na costa venezuelana. No entanto, fontes do governo brasileiro avaliam que, em um primeiro momento, a intenção dos Estados Unidos não seria realizar uma invasão militar, mas sim exercer pressão sobre governos latino-americanos não alinhados com Washington.
A operação naval americana também tem implicações para outros países da região, como Colômbia, Panamá e México, em um movimento que analistas interpretam como uma possível retomada da Doutrina Monroe, política que defende a hegemonia americana no hemisfério ocidental.
CNN