Foto: Reprodução
A espécie rara de peixe carnívoro avistada próximo à costa de Tenerife, ilha espanhola que compõe o arquipélago das Canárias, tem um tamanho diferente do que muitos imaginavam olhando para a imagem postada que viralizou nesta semana.
Uma nova foto que circula nas redes sociais mostra o animal capturado na palma da mão de uma pessoa. Segundo os biólogos, o tamanho da espécie varia de acordo com o gênero: fêmeas podem ter cerca de 20 centímetros enquanto os machos, aproximadamente três centímetros.
O filme "Procurando Nemo" também pode ter contribuído para distorcer a percepção sobre o tamanho do peixe. Na animação, ele aparece como um monstro maior que os protagonistas.
O peixe raro tem uma antena que se ilumina graças a bactérias bioluminescentes, o que o ajuda a atrair suas presas. Elas acabam atraídas para suas temidas mandíbulas, repletas de dentes afiados.
A espécie é normalmente encontrada em águas profundas, o que torna sua aparição em uma região mais rasa um evento excepcional. O avistamento ocorreu no sul de Tenerife, uma área conhecida pela diversidade marinha, mas raramente visitada por criaturas das profundezas abissais.
O peixe habita regiões a mais de mil metros abaixo da superfície, onde a luz do sol não consegue alcançar. Por isso, sua presença na costa espanhola é considerada um marco histórico para a biologia marinha.
As imagens que viralizaram esta semana foram gravadas por um veículo operado remotamente batizado de Don Ricketts e publicadas nas redes sociais.
A equipe de pesquisadores responsável pelo registro, que integrava uma expedição científica, destacou a importância da descoberta, que pode ampliar o conhecimento sobre uma espécie ainda pouco estudada devido à dificuldade de observação em seu ambiente natural.
Outro fator surpreendente é que a espécie foi filmada durante o dia. Como esses peixes costumam permanecer na escuridão das profundezas, o episódio reforça a singularidade do evento. Para os especialistas, esse tipo de avistamento abre novas possibilidades de estudo sobre a adaptação da espécie a condições extremas e seu comportamento em águas mais superficiais.
O caso ganhou destaque na imprensa espanhola e na comunidade científica devido à raridade do fenômeno, que pode estar ligado a mudanças no ambiente marinho. Ainda não se sabe ao certo o que motivou a aproximação do animal à costa, mas pesquisadores sugerem que alterações na temperatura da água ou a presença de outras espécies podem ter influenciado o deslocamento.
A descoberta também ressalta a importância das pesquisas marinhas nas Ilhas Canárias, um ponto estratégico para o estudo da biodiversidade oceânica. Especialistas defendem que investigações sobre espécies das profundezas são fundamentais para compreender melhor os ecossistemas marinhos e sua dinâmica.
D24am