Porto Velho (RO)24 de Junho de 202504:30:32
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Após Trump cravar cessar-fogo, chanceler do Irã nega acordo com Israel

O presidente dos EUA, Donald Trump, havia anunciado nas redes sociais que Israel e Irã iriam parar os bombardeios


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O ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, afirmou, na noite desta segunda-feira (23/6), que até o momento não existe acordo de cessar-fogo entre Irã e Israel, como havia anunciado o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump.

"Até o momento, não há ‘acordo’ sobre qualquer cessar-fogo ou cessação de operações militares. No entanto, desde que o regime israelense cesse sua agressão ilegal contra o povo iraniano até as 4h, horário de Teerã, não temos intenção de continuar nossa resposta depois disso", pontuou o chanceler.

Em publicação no X, o chanceler afirmou que a decisão final sobre o cessar-fogo será tomada "mais tarde". Araghchi ainda detalhou que as forças militares iranianas vão "punir Israel por sua agressão até o último minuto".

"As operações militares de nossas poderosas Forças Armadas para punir Israel por sua agressão continuaram até o último minuto, às 4h. Junto com todos os iranianos, agradeço às nossas bravas Forças Armadas que permanecem prontas para defender nosso querido país até a última gota de sangue e que responderam a qualquer ataque do inimigo até o último minuto", disse.

Trump

O republicano fez o anúncio em sua rede social, a Truth Social. Trump afirmou que o cessar-fogo se iniciará em aproximadamente em 6 horas, a partir das 19h15 (no horário de Brasília), quando o republicano fez o anúncio.

O Irã será o primeiro que encerrará os ataques, em seguida Israel deverá parar os ataques. O presidente dos EUA também parabenizou Irã e Israel por terem "resistência, coragem e inteligência" para encerrar o que ele definiu como "a guerra de 12 dias".

"O fim oficial da guerra de 12 dias será saudado pelo mundo. Durante cada cessar-fogo, o outro lado permanecerá pacífico e respeitoso", disse Trump.

O que está acontecendo

  • Tendo como alvo a sede da Guarda Revolucionária do Irã (IRGC), Israel voltou a lançar ataques aéreos contra o país, nesta segunda-feira (23/6), com "intensidade sem precedentes" ao "coração de Teerã", capital do Irã.
  • Segundo o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, os alvos incluem o quartel-general de Basij; a Prisão de Evin, "para presos políticos e opositores do regime"; o relógio da Destruição de Israel, localizado na Praça Palestina; e o quartel-general de segurança interna da Guarda Revolucionária.
  • Em resposta, o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC) do Irã realizou, nesta segunda-feira (23/6), a 21ª operação com mísseis desde o início do conflito com Israel, no último dia 13 de junho. A ação adota nova tática ao lançar um ataque combinado de mísseis e drones contra múltiplos alvos em outras regiões de Israel.
  • Os iranianos também lançaram mísseis em direção a uma base americana no Catar, mas o Departamento de Defesa dos EUA afirmou que não houve feridos.

De acordo com um comunicado oficial do IRGC, foram usados mísseis de propulsão sólida e líquida, além de drones suicidas, para atingir áreas estratégicas espalhadas de norte a sul do território israelense.

Nesse sábado (21/6), os Estados Unidos entraram oficialmente na guerra, depois de bombardear três instalações nucleares do Irã.

O Iêmen anunciou a entrada no conflito "contra Israel e EUA", ao lado do Irã, e diz estar de "prontidão para participar do ataque a navios de guerra norte-americanos no Mar Vermelho, caso o inimigo americano lance uma agressão em apoio ao inimigo israelense contra a República Islâmica do Irã".

Mais cedo nesta segunda, Trump definiu os ataques do Irã a uma base militar norte-americana no Catar como uma "resposta muito fraca" à ofensiva norte-americana contra instalações militares e nucleares iranianas no último sábado.

Em retaliação aos ataques dos Estados Unidos no sábado (21/6), o Irã lançou mísseis em direção ao Catar. O alvo era Al Udeid, conhecida por ser a maior base militar dos EUA no Oriente Médio.












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