Porto Velho (RO)18 de Setembro de 202510:14:57
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Dólar abre em queda após euforia com corte de juros nos Estados Unidos

No dia anterior, o dólar terminou a sessão em leve alta de 0,06%, cotado a R$ 5,301, o menor valor em 15 meses. Bolsa voltou a bater recorde


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Portal SGC

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O dólar operava em baixa na manhã desta quinta-feira (18/9), ainda na esteira da repercussão das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, que movimentaram o mercado financeiro nesta semana.

Na véspera, a chamada "superquarta" não reservou nenhuma grande surpresa para os investidores. O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) manteve a taxa básica de juros (Selic) em 15% ao ano.

Já o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) fez o primeiro corte de juros do ano e reduziu a taxa em 0,25 ponto percentual, para o intervalo entre 4% e 4,25% ao ano, o que causou euforia no mercado.

Dólar

Às 9h06, a moeda norte-americana recuava 0,52% e era negociada a R$ 5,274.

No dia anterior, o dólar terminou a sessão em leve alta de 0,06%, cotado a R$ 5,301, praticamente estável, mas ainda no valor menor desde junho do ano passado.

Com o resultado, a moeda dos EUA acumula perdas de 2,23% no mês e de 14,22% no ano frente ao real.

Ibovespa

As negociações do Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3), começam às 10 horas.

Na véspera, o indicador fechou o pregão em alta de 1,06%, aos 145,5 mil pontos, um novo recorde histórico de fechamento.

Durante o pregão, o índice renovou sucessivamente suas máximas históricas intradiárias, cravando 146.330,91 pontos.

Com o resultado, a Bolsa brasileira acumula valorização de 2,95% em setembro e de 21,04% em 2025.

Euforia pós-Fed

O mercado financeiro está no "rescaldo" da euforia da véspera com o primeiro corte de juros nos EUA desde a posse do presidente Donald Trump, em janeiro deste ano. O republicano vem atacando a autoridade monetária e cobrando a queda dos juros desde o começo de seu governo.

A votação não foi unânime. Stephen Miran, novo integrante do Fed, indicado por Trump, votou por um corte maior, de 0,5 ponto percentual.

O BC dos EUA indicou que deve fazer mais dois cortes de 0,25 ponto percentual até o fim deste ano, nas duas próximas reuniões do Fed. Com isso, os juros nos EUA recuariam, ainda em 2025, mais 0,5 ponto percentual e fechariam o ano no intervalo entre 3,5% e 3,75%.

As duas próximas reuniões do Fed estão programadas para outubro (dias 28 e 29) e dezembro (dias 9 e 10).

"Mais significativo do que a própria decisão, o ‘dot plot’, que reúne as projeções dos membros do comitê, indicaram mais dois cortes ainda em 2025, com a média das projeções em 3,6% para este ano, ante 3,9% do documento publicado anteriormente, em junho", observa Paula Zogbi, estrategista-chefe da Nomad.

"O ‘dot plot’ também indica um corte adicional em 2026, sinalizando que os membros do comitê não veem um grande espaço para um afrouxamento mais significativo. Isso pode gerar algum ruído em um mercado que vem se apoiando fortemente na expectativa de um ambiente de política monetária mais estimulativa", afirma.

Segundo Zogbi, os termos usados pelo Fed na decisão "sinalizam maior preocupação com o mercado de trabalho, embora as projeções do ‘dot plot’ para a taxa de desemprego em 2025 tenham sido mantidas inalteradas".

"Na coletiva de imprensa realizada após a divulgação da decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell mencionou a moderação do crescimento econômico e o alívio da inflação, que, apesar disso, permanece ‘relativamente elevada"’. As tarifas foram citadas, e seus efeitos sobre a inflação são considerados pelo Fomc ainda imprevisíveis, com a possibilidade de pressão adicional aos preços, apesar de os efeitos terem sido limitados até o momento a itens específicos, como bens", destaca.

"Quanto à possibilidade de cortes maiores, Powell indicou que o ritmo de 25 pontos-base parece adequado dado o cenário atual, com uma economia ainda saudável, mas enfatizou que o mercado de trabalho parece estar de fato desacelerando de forma contundente, o que diminui os riscos altistas à inflação", conclui Zogbi.













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